Sem papas na língua. É desta forma que Bernardo Silva fala sobre o passado, o presente e o futuro. Em entrevista ao 'Primeira Pessoa' da RTP, o internacional português abordou o momento da saída do Benfica, que considera ter acontecido demasiado cedo, revela um comentário negativo que recebeu em miúdo no tempo da formação e reconhece ter como principal objetivo poder ajudar a seleção a chegar a um novo grande título.
O recém-eleito pela revista 'France Football' como o melhor jogador português de 2023, com um 9.º lugar na Bola de Ouro deste ano, afirmou ainda que um regresso ao Benfica será um desfecho natural e garante com certeza que o fará caso haja interesse, na altura, do clube encarnado.
Bernardo Silva não esconde a amargura pela forma como saiu do Benfica, no seu entender precoce, e lança críticas a Luís Filipe Vieira e à estrutura encarnada à época: "É aí que vem um bocadinho da minha tristeza porque eu achei que o clube poderia ter-me segurado de outra forma."
Questionado sobre se seria uma crítica explícita ao antigo presidente das águias, o médio de 29 anos vai mais longe: "Não só, mas a um grupo de quatro ou cinco pessoas que, se percebessem de futebol, diria eu, tinham visto as coisas de outra forma."
Com a certeza de que nunca jogará no FC Porto ou no Sporting, Bernardo Silva recordou ainda uma frase que lhe foi dirigida quando estava a dar os primeiros passos na formação do Benfica: "Disseram-me que filho de doutor não dá jogador. Eu levei um bocadinho a peito e fiz tudo para que desse."
E deu.
O episódio completo será transmitido esta quarta-feira à noite, na RTP. Para já, satisfaça a curiosidade com este excerto.
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