A Autoridade Britânica da Concorrência e Mercados (CMA) vai “examinar cuidadosamente” a criação da Superliga europeia de futebol para perceber se o projeto viola as leis da concorrência no Reino Unido, anunciou hoje o organismo.
"A proposta da Superliga europeia gerou um elevado nível de interesse público. É uma área complexa e iremos examinar cuidadosamente quaisquer preocupações de concorrência relacionadas com esta proposta", disse um porta-voz da CMA aos jornalistas britânicos.
Caso considere que existem indícios que o plano dos 12 clubes europeus, seis dos quais ingleses, pode violar as regras da concorrência leal, a CMA pode avançar para a abertura de uma investigação formal.
No domingo, 18 de abril, AC Milan, Arsenal, Atlético de Madrid, Chelsea, FC Barcelona, Inter Milão, Juventus, Liverpool, Manchester City, Manchester United, Real Madrid e Tottenham anunciaram a criação da Superliga europeia, à revelia de UEFA, federações nacionais e vários outros clubes.
A competição vai ser disputada por 20 clubes, 15 dos quais fundadores – apesar de só terem sido revelados 12 – e outros cinco, qualificados anualmente.
O projeto suscitou uma ‘chuva’ de críticas no Reino Unido, incluindo do próprio primeiro-ministro, com a Boris Johnson a afirmar que fará “tudo o que puder” para impedir a criação da Superliga europeia.
A UEFA anunciou que vai excluir todos os clubes que integrem a Superliga, assegurando contar com o apoio das federações de Inglaterra, Espanha e Itália, bem como das ligas de futebol destes três países.
Entretanto, o organismo que rege o futebol europeu anunciou o alargamento da Liga dos Campeões de 32 para 36 clubes, a partir de 2024/25, numa liga única, com cinco jogos em casa e outros tantos fora.
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