
André Reis pretende fazer mexidas na Associação Nacional dos Treinadores de Futebol (ANTF). Em entrevista exclusiva ao SAPO Desporto, o candidato da Lista B às eleições do organismo, que se realizam no dia 31 de maio, assume uma ruptura com o passado da associação que entende não estar a caminhar no sentido das necessidades dos treinadores portugueses.
Com o lema 'ANTF ao serviço de todos os Treinadores', André Reis, técnico de 37 anos, procura bater a Lista A, encabeçada por Henrique Calisto, cujo projeto acusa ser de continuidade e não de mudança.
Licenciado em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa e pós-graduado em Marketing e Gestão do Desporto pela Universidade Lusófona, André Reis trabalhou nos escalões de formação do Sporting, mais precisamente nos sub-14 e sub-15, além de ter desempenhado o cargo de observador técnico. Teve de emigrar para continuar a carreira de treinador.
Depois de passagens pela seleção de São Tomé e Príncipe e pelo futebol lituano, volta a Portugal com o objetivo de mudar a classe. O combate às dificuldades no acesso à formação é uma das suas bandeiras, ele que teve de se inscrever no estrangeiro para fazer o terceiro nível de treinador, depois de lhe terem sido fechadas as portas em Portugal.
Da sua lista constam nomes como Daúto Faquirá, proposto para vice-presidente da direção. Cristiana Teixeira, Roger Augusto e Roger Pinheiro são candidatos a vogais, e Rita Ribeiro concorre para vice-presidente da Mesa da Assembleia Geral. O mandatário judicial será o advogado Ricardo Henriques Tomás, antigo 'vice' do Sporting.
Nesta entrevista exclusiva ao SAPO Desporto, André Reis falou das suas ideias para a classe, enumerou o que podia ter sido feito pela atual direção liderada por José Pereira (presidente desde 2013) e mostrou o que o distancia da candidatura de Henrique Calisto.
"ANTF está a desprestigiar a classe profissional ao atacar colegas de profissão"
SAPO Desporto: Quais os motivos da sua candidatura para a Associação Nacional dos Treinadores de Futebol (ANTF)?
André Reis: "Esta ideia surgiu numa conversa de amigos onde chegámos à conclusão que, apesar de muitos de nos já termos uma experiência considerável no futebol, não conseguiríamos entrar nos cursos em Portugal, devido a duas situações: à escassez de vagas e à forma como estão montados os critérios de admissão, que quase que impossibilitam o acesso por parte de treinadores que não tenham, praticamente, treinado na primeira ou segunda ligas.
Esta mesma conversa foi tida durante o período em que João Pereira estava no Sporting, que nos relembrou situações como a de Ruben Amorim, Moreno e Silas, por exemplo. Entendemos, assim, que a Associação Nacional de Treinadores de Futebol (ANTF) não estava a prestar um serviço aos treinadores, mas sim, de certa forma, até a desprestigiar a classe profissional ao atacar colegas de profissão, quando, na verdade, a sua missão estatutária seria defender os interesses e direitos de todos os treinadores. Acreditamos que a postura na ANTF deve ser diferente, de um verdadeiro sindicato na defesa dos interesses e direitos dos treinadores e, nesse sentido, decidimos avançar com esta candidatura para colocar a ANTF novamente no rumo certo."

SAPO Desporto: Que pessoas chamou para a sua lista e porquê?
André Reis: "Decidimos apostar na diversidade e garantir a representatividade de todas as áreas tuteladas pela ANTF. Nomeadamente, o futebol profissional, o futebol amador, o futebol de formação, futebol de praia, futsal e todas estas modalidades na vertente do futebol feminino também. Entendemos, também, que deveríamos ser uma lista diversificada no que diz respeito a mulheres e homens, tal como na questão da faixa etária – não deveria estar só representada uma geração mais nova, mas o maior número de gerações possível e também o maior número de regiões de Portugal e estrangeiro. Sendo que a maior preocupação na escolha dos candidatos foi que todos se identificassem com este projeto."
SAPO Desporto: Quais são as suas principais propostas para a classe?
André Reis: "Relativamente às principais propostas, pretendo destacar três:
A primeira é a clara aposta no aumento de vagas para os cursos de UEFA A e UEFA Pro. Na nossa opinião, esta medida passa pela capacitação da ANTF para ser ela própria a lecionar esses cursos. É certo que esta é uma medida que requere negociação e diálogo com outras entidades como a FPF e IPDJ, até mesmo a UEFA.
Porém, entendemos que a ANTF tem todas as condições para em condições de igualdade com associações distritais poder, no imediato, começar a leccionar UEFA B e UEFA C, em complemento, aproveitando para destacar o belíssimo trabalho que as associações distritais têm feito. Considerando que a UEFA não limita o número de cursos que pode haver por ano, a oferta apresentada atualmente pela FPF não é suficiente, com dois ou três cursos por ano. Para além disso, entendemos que não faz sentido ser apenas a FPF a leccionar esses cursos. E quem melhor do que a ANTF para leccionar UEFA A? Até porque a mão-de-obra mais qualificada para leccionar esses cursos encontra-se precisamente dentro da ANTF.
"Os cursos [de treinador] têm de ser objetivos e garantir condições de igualdade entre todos", diz André Reis
Os cursos UEFA Pro são mais difíceis de colocar a ANTF a lecioná-los, passaria também por negociação com a FPF, mas, devido à limitação do número existente de cursos por parte da UEFA, é natural que deva haver também negociação com a UEFA. Temos de trabalhar nesse sentido. As nossas propostas e soluções são claras e vamos lutar por elas junto das entidades competentes para o efeito.
A segunda proposta que gostaria de destacar é dar possibilidade aos treinadores que não têm a habilitação necessária para treinar em determinada competição, de poderem concluir a sua formação enquanto trabalham. Ou seja, acabar com as situações de ter treinadores adjuntos a “fazer de conta” que são treinadores principais. Muitos dos quais, muitas vezes, só fazem figura de corpo presente.
O candidato opositor, Henrique Calisto, diz que é ridículo alterar o regulamento de competições no sentido de permitir que não tenha de ser o treinador principal a ter o UEFA Pro mas sim qualquer elemento da equipa técnica, mas o que é verdadeiramente ridículo é estarmos a brincar ao “faz de conta” e a atirar areia para os olhos de treinadores. É muito mais transparente e objetivo dar a possibilidade aos treinadores de concluírem a formação enquanto estão a trabalhar e poderem exercer, logo à partida, a plenitude das suas funções.
Em terceiro lugar, gostaria de destacar, a necessidade de haver uma revisão estatutária dos estatutos da ANTF, uma vez que os atuais apenas permitem o voto no local do congresso. O que significa que no dia 31 de maio, treinadores como Vasco Faísca, que está na Venezuela, Hélder Duarte, que está em Moçambique, Abel Ferreira, que está no Brasil, entre muitos outros, que para além de estarem no estrangeiro ainda estão em competições, não vão poder votar porque os estatutos não permitem o voto descentralizado. Portanto, uma das alterações mais importantes nos estatutos é a descentralização do voto para que passe a ser possível a votação nos núcleos e por correspondência, criando também as bases para o voto electrónico – uma possibilidade que deverá também ser avaliada."
ANTF deve ministrar cursos de treinadores
SAPO Desporto: Uma das suas propostas é que seja a ANTF a ministrar autonomamente cursos de Treinadores UEFA C a UEFA Pro, importantes para que treinadores nacionais possam treinar na I Liga, mas que muita polémica tem levantado, devido aos critérios de admissão. Sente que tem havido discriminação na admissão de treinadores nos cursos? Os critérios não são claros?
André Reis: "Esta questão que toca um pouco na minha resposta anterior, mas sim, sinto que tem havido aqui uma discriminação clara de treinadores na admissão nos cursos. Para nós é incompreensível como é que um treinador que está a treinar na primeira liga, como é o caso do João Pereira do Casa Pia, ou como é que um treinador que nos últimos quatro anos foi três vezes campeão em Moçambique, como é o caso do Hélder Duarte, são ultrapassados por treinadores que, na prática, só tiveram inscrições enquanto treinadores-adjuntos na primeira liga, mas que foram inscrições de fachada – que não estavam efetivamente integrados na equipa técnica, apenas faziam figura de corpo presente. Muitas das vezes nem sequer chegaram a estar na ficha de jogo.
Há aqui uma clara discriminação no sentido de favorecer aqueles que estão em Portugal – e, atenção, isto não é nada contra os treinadores que estão nesta situação. Porém, é incompreensível como é que treinadores nestas situações conseguem passar à frente de outros com um currículo impressionante, que estão a dignificar o nome do treinador português no estrangeiro. Os critérios não são adequados, por vezes, até parecem feitos à medida para determinadas situações."
SAPO Desporto: Outra das suas ideias é lutar contra as vagas limitadas para os cursos UEFA A e UEFA Pro. Tendo em conta a saturação que existe no mercado de treinadores, com muita oferta para a procura, essa medida não irá inundar ainda mais um mercado já com excesso de oferta? Qual a sua ideia?
André Reis: "Tal como já referi, não consideramos que haja saturação de oferta, porque apesar da grande oferta que já existe, continua a haver procura no UEFA C e UEFA B. E tenho de discordar de alguém que diga que há saturação no UEFA A e UEFA Pro e excesso de oferta. O grande problema prende-se precisamente por não haver oferta suficiente no que diz respeito a UEFA A e UEFA Pro. É necessário criar mais cursos e é necessário responder à procura que existe neste momento, de forma urgente."
SAPO Desporto: É treinador de segundo nível, teve de ir ao estrangeiro para se inscrever no terceiro nível de treinador devido ao limitado número de vagas nos cursos da Federação Portuguesa de Futebol (FPF). Este é, neste momento, um dos principais problemas dos aspirantes a treinador de elite em Portugal?
André Reis: "Sim, claramente. Não se conseguir progredir na carreira é um dos problemas principais dos que são aspirantes a treinadores de elite em Portugal e não só. Também é um problema para os aspirantes a treinadores de elite ou que já são treinadores de elite no estrangeiro, mas que não conseguem progredir na sua carreira, uma vez que não conseguem entrar nos cursos. Um exemplo é o treinador Hélder Duarte que, em Moçambique, no ano passado, não pôde, sequer, estar no banco nos jogos das competições continentais africanas, porque não tem o nível UEFA Pro. Ou seja, de certa forma, não pode progredir na carreira porque tem esta limitação. Candidatou-se ao nível UEFA Pro em Portugal e não entrou. Isto é um claro obstáculo aos aspirantes a treinadores de elite em Portugal e à sua progressão de carreira, em Portugal e no estrangeiro."
SAPO Desporto: Uma das suas propostas passa por permitir que treinadores sem as qualificações exigidas possam treinar, desde que no final do ano façam as formações requeridas. Este é um dos temas polémicos, muito criticado por alguns treinadores que passaram por este processo no passado, como Ruben Amorim, Silas, Moreno, entre outros. Como é que os outros treinadores, com as formações em dia, irão receber esta ideia? Não será concorrência desleal?
André Reis: "Na nossa opinião não é concorrência desleal, porque as situações já acontecem. Cabe, no fundo, aos clubes, decidir quem é que querem contratar para a posição de treinador. Se um clube entende que um treinador que tem o nível III tem conhecimentos suficientes para ser o treinador principal daquele clube, na primeira liga, e esse mesmo treinador corresponde ao projeto desportivo que o clube quer implementar, quem somos nós para impedir esse exercício da profissão? Não somos ninguém para limitar o exercício da profissão dos treinadores, nem a sua progressão na carreira. O que a ANTF tem de criar são condições para a regularização dos treinadores e para deixarmos de brincar ao 'faz de conta'.
Na realidade, temos de ser muito concretos e sinceros e olhar para os comentários que o candidato Henrique Calisto deu acerca desta proposta, que até fez uma analogia descabida com um condutor a conduzir sem carta quando interpelado pela polícia indica que não tem carta, mas o seu copiloto tem. Esta analogia, à partida, é falaciosa. Porque se olharmos para países mais desenvolvidos do que Portugal, como a Suíça ou os Estados Unidos da América, vemos que desde que o condutor se encontre em formação para obter o título de condução, pode efectivamente, sem ser titular de título de condução, conduzir, desde de que acompanhado de alguém que tenha carta de condução.
Mas mais importante do que a analogia, em vez de nos preocuparmos em estarmos a classificar de ridículas propostas válidas e que resolvem problemas, deveríamos estar a pensar em apresentar, nós próprios, as nossas propostas. A verdade é que o que se vê do lado do candidato Henrique Calisto é que se levantam problemas, mas são apontadas poucas ou nenhumas soluções. Tem de se olhar para a ANTF com a seriedade que a ANTF merece e com a seriedade que os treinadores portugueses merecem.
Temos de arranjar soluções, porque ridículo é ter um treinador-adjunto com o nível IV no banco, na linha, a dar indicações para o campo, que, a espaços, tem de olhar para o treinador principal e perguntar o que é que vai dizer a seguir. Porque pode não estar perfeitamente integrado na equipa técnica e só vai a jogo para dar o nível ou porque, muitas das vezes, não tem mesmo qualquer tipo de envolvimento na equipa técnica. Portanto, isto é que é ridículo e necessário de combater com propostas como a nossa, em que o treinador pode exercer a sua função desde que se comprometa a concluir a sua formação enquanto se encontra a trabalhar."

"Os clubes têm de começar a refletir sobre aquilo que querem verdadeiramente para o seu futebol"
SAPO Desporto: Nas suas propostas, quer impedir que um treinador que tenha sido despedido numa época desportiva, possa ser admitido apenas uma vez numa outra equipa, durante uma época desportiva. O que está na base desta ideia? Não será limitar a liberdade dos clubes em contratar? Ou dos treinadores em serem contratados?
André Reis: "Ao introduzirmos esta medida vamos colocar o ónus da contratação acertada no clube. Isto é, os clubes têm de começar a reflectir sobre aquilo que querem verdadeiramente para o seu futebol. E se o que querem é um projecto desportivo consolidado e fundamentado, têm de contratar um treinador cujo perfil seja adequado ao projeto desportivo que querem representar. Com esta medida, estamos a limitar os clubes e a obrigar os clubes a ponderar melhor as suas contratações e os próprios despedimentos. Esta medida tem de ser sempre acompanhada de medidas que protejam os treinadores quando o clube os despede, regularizando a situação financeira com o treinador logo à partida. Não queremos limitar o exercício da profissão por parte do treinador, mas sim garantir que os critérios que levam à contratação dos treinadores são os critérios que verdadeiramente deveriam ser tidos em conta pelos clubes. Queremos assegurar que existe uma igualdade entre treinadores ao acesso ao exercício da profissão nos clubes de topo em Portugal, através deste mecanismo que visa proteger os treinadores em geral. Acrescento que é uma proposta que carece de uma análise legal de base por questões constitucionais."
SAPO Desporto: Quer dar mais visibilidade ao futebol feminino. Quais são as suas propostas nesse âmbito?
André Reis: "O futebol feminino já tem bastante visibilidade em Portugal. O que queremos passa por ter a opinião do futebol feminino. Não só de treinadores, mas também da vertente feminina do futebol na ANTF, para termos uma visão mais abrangente daqueles que são os problemas das mulheres enquanto treinadoras de futebol. É imprescindível ter mulheres na Direção da ANTF. O futebol feminino tem problemas específicos, a mulher enquanto treinadora tem problemas específicos que não se comparam minimamente aos problemas do treinador homem."
SAPO Desporto: Na apresentação da sua candidatura, disse que havia muita coisa que poderia e deveria ser feita de forma diferente, mas nem sequer foi abordada pela atual direção. Quer dar exemplos?
André Reis: "Logo à partida a questão da votação descentralizada. Atualmente, parece que toda a gente quer a votação descentralizada, até o próprio candidato Henrique Calisto, que nem sequer tinha ideias próprias inicialmente. A minha questão é que olhamos para a lista de Henrique Calisto e vemos, só na Direção, sete membros candidatos que estavam na Direção anterior, ou que estavam nos Órgãos Sociais anteriores em geral. Portanto, porquê agora? E não nos últimos 13 anos? Por que é que essas pessoas não puseram em prática aquilo que agora dizem defender? A resposta é muito simples: porque na verdade não é isto que defendem, mas fica-lhes bem dizer. E nós, lista B, não apontamos as questões por nos ficar bem, apontamos as questões porque são as nossas convicções é o que vamos colocar em prática desde o primeiro dia após sermos eleitos. O que deveria ter sido feito é tudo o que estamos a apontar: criação de mais vagas; defesa dos treinadores; revisão estatutária; limitação dos mandatos do presidente; descentralização do voto… Tudo isto não deveria, sequer, estar num programa eleitoral no ano de 2025. Tudo isto já deveria ser uma realidade."
SAPO Desporto: Já teve oportunidade de ver a constituição da lista de Henrique Calisto? O que difere da candidatura de Henrique Calisto?
André Reis: "A candidatura de Henrique Calisto é uma candidatura de continuidade quando a nossa candidatura é de ruptura. Para além disso, a nossa candidatura identifica problemas dos treinadores e apresenta soluções para esses problemas, enquanto a candidatura de Henrique Calisto, já em momento posterior, é que vem apontar exatamente os mesmos problemas, mas não aponta caminhos nem soluções, fala apenas em estudos. Já não é momento para andarmos a perder tempo a fazer estudos e a criticar seleccionadores nacionais só por serem estrangeiros. É altura de arregaçar as mangas e fazer aquilo que já deveria estar feito há muito tempo. A lista B é uma equipa clara e coesa, com vontade de colocar a ANTF ao serviço de todos os treinadores."
SAPO Desporto: Promete rever os estatutos da Associação Nacional dos Treinadores de Futebol. O que propõe?
André Reis: "Prometemos rever os estatutos e apresentaremos uma proposta de revisão estatutária logo nos primeiros 60 dias de mandato. Prometemos que o voto será descentralizado, que consideramos fundamental; tal como a limitação de três mandatos sucessivos do presidente, pois é necessário haver renovação constante na ANTF, para que ninguém se acomode e haja um constante fluxo de novas ideias. Para além disto, prometemos dar mais competências aos núcleos, atribuir inerências aos presidentes dos núcleos e alargar a rede de núcleos."
SAPO Desporto: Tem apenas 37 anos, é adjunto da seleção de São Tomé e Príncipe, trabalhou na Lituânia e nos escalões de formação do Sporting? Está descontente com o atual panorama da classe neste momento?
André Reis: "Sou adjunto da seleção de São Tomé e Príncipe e já passei pela Lituânia, pelos escalões de formação do Sporting e muitos outros sítios. E sim, estou descontente, porque é incompreensível como é que uma classe profissional tão bem vista no estrangeiro, se coloca em posições autofágicas, como diz o meu opositor Henrique Calisto. Em vez de querer criar condições para que a própria classe possa evoluir, estamos aqui a auto mutilar-nos, no sentido, em que não permitimos que o treinador português continue a sua formação, de modo a estar cada vez mais apto e habilitado para representar com dignidade e sucesso o nosso país no estrangeiro e em Portugal também."
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