O presidente do Comité Paralímpico Angolano (CPA) considerou hoje que a conquista do campeonato mundial de futebol para amputados pela seleção angolana é "uma grande oferta para nação angolana", fruto de um "árduo trabalho que orgulha o país".
Em declarações hoje à agência Lusa, em Luanda, Leonel da Rocha Pinto disse que o "sacrifício" a que estiveram submetidos os atletas, com longos meses de preparação e estágios no exterior, foi agora coroado com a "conquista inédita".
"Estamos todos de parabéns. Reconhecer o grande sacrifício a que estiveram submetidos os nossos atletas, conseguiram competir em pé de igualdade com países que estão muito mais avançados que Angola", disse.
A seleção de Angola sagrou-se campeã do mundo de futebol para amputados ao vencer na madrugada de segunda-feira, nas grandes penalidades, a congénere da Turquia por 5-4, na final que decorreu no México.
A final, que opôs a vice-campeã do mundo (Angola) à campeã da Europa em título (Turquia), foi decidida nas grandes penalidades, face ao nulo registado no tempo regulamentar, que se manteve no prolongamento.
Antes, na fase de grupos, Angola goleou a Ucrânia (4-0), venceu a Espanha (1-0), Itália (2-0) e Polónia (6-5 aos penáltis), tendo registado a única derrota contra o Haiti (1-2).
Para o presidente do CPA, a vitória dos angolanos resulta de um trabalho árduo e traduz também numa "grande oferta" que os atletas dão à nação angolana no quadro das celebrações do 43.º aniversário da independência, que se assinala a 11 deste mês.
"É uma grande oferta que os nossos atletas dão à nação angolana, até porque muito deles são vítimas das minas, outros foram militares e eu creio que esta conquista vem no momento certo", afirmou.
Leonel da Rocha Pinto frisou também que, com esta conquista, o organismo que superintende o desporto adaptado em Angola vem "solidificar o seu espaço" como "referência" do desporto angolano.
Segundo o líder desportivo, depois das conquistas de José Sayovo, recordista mundial dos 100, 200 e 400 metros nos Jogos Paralímpicos, a nova conquista mundial acresce as responsabilidades do país em "continuar a trabalhar na rota de mais vitórias".
"Vamos continuar a trabalhar para manter o legado de conquistas, porque o mundo está a olhar por Angola e devemos continuar a criar condições para que estes atletas façam desporto", assegurou.
O presidente do Comité Paralímpico Angolano adiantou ainda que a nível do país estão a ser criadas as condições para uma "receção digna e apoteótica" aos campeões do mundo, recordando que, legalmente, os prémios dos atletas "estão salvaguardados".
"Os atletas terão a devida recompensa legal e as demais empresas também garantem o seu apoio à seleção, estamos todos unidos, gostamos de desporto e há esta satisfação por parte da sociedade", concluiu.
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