Em declarações à Angop no último dia do encontro magno, o antigo técnico do Petro de Luanda disse ser de opinião de que o Estado, por via do ministério de tutela, deve ajudar em grande medida, nesta fase crucial, os clubes, associações e outros agentes no aspeto social e financeiro.
“Se haver investimento, é possível pôr em prática. O problema também está no capital. As associações, a federação, as províncias estão descapitalizadas. Não têm políticas desportivas e tudo isso tem influência no desenvolvimento do nosso futebol”, sublinhou o coordenador do projeto de captação de talentos, desenvolvido pelo Petro, que numa primeira fase abrange Luanda, Namibe, Benguela, Lubango e Huambo.
Referiu ter chegado o momento de todos focarem-se nos objetivos, tarefas, meios e custos para salvar a modalidade, visto estarem identificados os males que a afetam, procurando adaptar todos os subsídios à realidade angolana.
Carlos Queirós prevê alguma dificuldade, na medida em que enumera um longo caminho a percorrer, desde a massificação, trabalho nos escalões jovem, elaboração de novas políticas, infra-estrutura aos recursos humanos.
“Nós já fizemos o diagnóstico, esse subsídio foi dado, agora vai depender. Essa é uma parte que foi administrada pelo Ministério da Juventude e Desportos, agora falta a outra, mais difícil, que é a prática”, disse, referindo-se a conferência em que, no final, se apresentou o plano de desenvolvimento do futebol, sustentado por cinco pilares.
O documento assenta as bases na escola; clubes e academias; formação de agentes desportivos; meios de suporte ao desenvolvimento da modalidade; futebol, comunidade e futebol feminino.
Na sua óptica, o sucesso de tal plano passa por levar a modalidade ao encontro do cidadão, nas mais recônditas localidades do território angolano, a fim de inserir o maior número possível de praticantes e da quantidade procurar encontrar a qualidade desejada para o melhoramento e desenvolvimento do futebol angolano.
Comentários