O futebolista brasileiro Richarlison, a quem foi atirada uma banana durante o jogo amigável de terça-feira entre Brasil e Tunísia (5-1), criticou hoje a passividade dos responsáveis na luta contra o racismo e pediu a punição de tais atos.
“Enquanto continuarem com o blá-blá e não punirem, vai continuar assim, vai acontecer todos os dias e em todos os lugares. Sem tempo irmão. Não ao racismo”, escreveu o jogador brasileiro do Tottenham na sua conta na rede social Twitter.
Após Richarlison ter marcado o segundo golo do Brasil neste encontro de preparação para o Mundial do Qatar, a decorrer no final do ano, foram arremessados alguns objetos das bancadas na sua direção, entre os quais uma banana, que caiu no relvado.
A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) condenou já o incidente no Parque dos Príncipes, em Paris, que classificou de “lamentável”, e Richarlison recebeu o apoio dos colegas de equipa, como o capitão Thiago Silva, e de vários clubes brasileiros.
“O futebol não justifica tudo”, afirmou o selecionador brasileiro Tite na conferência de imprensa no final do jogo com a Tunísia, durante a qual apelou a uma “melhor educação dos jovens” e a “castigos” para este tipo de comportamentos.
Na semana passada, a seleção brasileira defendeu outro dos seus atacantes, Vinicius Júnior, alvo de cânticos racistas durante uma partida do Real Madrid no campo de seu vizinho, o Atlético, que levou a justiça espanhola a abrir uma investigação.
O amigável entre o Brasil e a Tunísia, disputado diante de uma grande maioria de adeptos tunisinos, foi marcado por outros incidentes, como o desrespeito pelo hino brasileiro, e chegou a ser interrompido após o uso de ponteiros laser.
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