Fotografias, relatórios médicos e conversas mantidas com William Carvalho estarão entre os materiais entregues pela alegada vítima ao juiz de instrução criminal de Sevilha. A mulher de 30 anos acredita ter sido drogada e violada pelo internacional português, que mantém a teoria de que as relações - em dois momentos, Ibiza e Sevilha - foram consentidas.

As conversas trocadas por WhatsApp entre os dois na sequência do sucedido num hotel, em Sevilha, poderão ser uma mais-valia para se apurar o que terá acontecido naquela noite, em agosto de 2023.

O médio de 31 anos é acusado de ter convidado a alegada vítima a deslocar-se a Sevilha, vinda de Ibiza, onde já se tinham encontrado uma vez. Os dois saíram juntos, primeiro a um restaurante e mais tarde a uma discoteca. Na manhã seguinte, a mulher terá acordado num hotel com sinais de violência no corpo e sem se lembrar exatamente do que tinha acontecido na noite anterior.

Depois do encontro íntimo, a mulher terá confrontado o jogador ex-Sporting, que lhe explicou que saiu do hotel para treinar. Posteriormente, a jovem terá enviado diversas mensagens, repreendendo-o pela atitude de indiferença para com ela. Uma semana depois, no dia 16 de agosto, acabou por denunciar os alegados abusos às autoridades.

O Bétis manifestou esta terça-feira o "máximo respeito" pelo procedimento judicial a envolver o futebolista português William Carvalho. "Manifestámos sempre o mais absoluto repúdio em qualquer tipo de violência", adiantou o porta-voz, lembrando, no entanto, ser necessário respeitar "o princípio de presunção de inocência" para com o seu jogador.

Segundo a defesa do jogador de 31 anos, que se mostra confiante no arquivamento do caso, "existem provas mais do que suficientes no processo para refutar fortemente a plausibilidade dos factos alegados".