Luís Filipe Vieira, ex-presidente do Benfica, e os administradores da SAD encarnada, terão montado um alegado plano, entre 2014 e 2020, para desviar cerca de seis milhões de euros dos cofres da empresa através de contratos de intermediação de jogadores falsos, avança o 'Observador'.
A investigação está a cargo do Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) e da Polícia Judiciária (PJ).
O Ministério Público imputa a Luís Filipe Vieira, na altura presidente do Benfica, os ex-administrador Domingos Soares Oliveira e o ex-diretor jurídico Paulo Gonçalves e ainda Rui Costa, administrador da SAD na altura dos factos (agora é presidente dos encarnados) os crimes de fraude fiscal qualificada e recebimento indevido de vantagem. Rui Costa, Paulo Gonçalves e os responsáveis do Vitória de Setúbal envolvidos no caso já foram ouvidos, falta ouvir Luís Filipe Vieira e Domingos Soares Oliveira, algo que deverá ocorrer a 12 de junho.
O Ministério Público deixou cair os crimes de corrupção desportiva mas mantém os de oferta indevida de vantagem e fraude fiscal.
LF Vieira terá feito uma injeção de cerca de 1,3 milhões de euros no Vitória Setúbal, através de contratos de compra e venda e de empréstimos de jogadores em que o Benfica chegou a pagar duas vezes pelo mesmo passe de um jogador de sadinos.
Ao todo, serão cinco as contratações fantasmas em investigação, como são os casos de Willyam, Daniel dos Anjos, Hermes e Luís Felipe. Sobre Willyam, o MP acredita que o jogador foi oferecido a custo zero ao Benfica, mas Luís Filipe Vieira meteu-o no Vitória de Setúbal para depois o comprar. O extremo brasileiro nunca pisou relvado da Luz.
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