Jürgen Klopp foi hoje condecorado com a Ordem do Mérito da Alemanha, a mais alta distinção civil do país, em reconhecimento pela "imagem positiva e compromisso com os valores da democracia".
Atualmente sem clube, depois de ter deixado os ingleses do Liverpool no final da época passada, ao fim nove anos, o treinador, de 57 anos, recebeu das mãos do presidente Frank-Walter Steinmeier a Cruz de Mérito Federal, nome da insígnia que é atribuída, segundo regras próprias, às pessoas ”extremamente comprometidas com os valores da democracia”.
A Presidência Federal da República concede o reconhecimento dos méritos ao carismático treinador, após ter conduzido as “suas equipas a inúmeras vitórias e títulos”, sendo que “o sucesso e a fama nunca o impediram de prestar atenção a cada atleta individualmente e de vê-los como pessoas”.
“Dedicou sempre muito tempo aos seus muitos fãs e prestou atenção a toda a região em que vivia. Em Liverpool, o alemão mais popular do Reino Unido contribuiu decisivamente para a criação de uma imagem positiva do nosso país. Jürgen Klopp sempre esteve comprometido socialmente”, acrescentou o chefe de estado, durante a cerimónia que decorreu no Castelo de Bellevue, em Berlim.
Klopp chegou a Anfield Road em outubro de 2015, na altura para substituir o norte-irlandês Brendan Rodgers, tendo neste período vencido uma Liga inglesa, um Taça de Inglaterra, uma Taça da Liga inglesa, uma Supertaça de Inglaterra, uma Liga dos Campeões, um Mundial de clubes e uma Supertaça europeia.
Em 23 anos de carreira como treinador, Klopp apenas conheceu três clubes, começando no banco do Mainz, em que tinha pendurado as chuteiras, em 2001, ali passando sete anos, o mesmo período de tempo em que orientou o Borussia Dortmund, de 2008 a 2015.
Em Dortmund conheceu os seus primeiros êxitos, vencendo a Bundesliga por duas vezes seguidas (2010/11 e 2011/12) e interrompendo a hegemonia do Bayern Munique.
Pelo Borussia, arrecadou ainda três supertaças da Alemanha e uma Taça germânica, além de ter atingido a final da Liga dos Campeões em 2012/13 - em que perdeu precisamente para os bávaros -, liderando uma equipa em que pontificavam jogadores como Mats Hummels, Sebastien Kehl, Sven Bender, Ilkay Gundogan, Nuri Sahin, Ivan Perisic, Kevin Grosskreutz, Marco Reus e o ‘inevitável’ Robert Lewandowski.
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