O ex-jogador Robinho continuará preso em Tremembé, no interior de São Paulo, Brasil, onde cumpre pena de 9 anos de prisão por violação. O antigo craque viu hoje o Supremo Tribunal Federal (STF) negar-lhe esta quarta-feira (27) os pedidos para aguardar julgamento em liberdade.

Os ministros do Supremo Tribunal Federal formaram maioria de 9-2 contra os pedidos da defesa de Robinho, que desde março está preso no Brasil para cumprir a pena de nove anos imposta pela Justiça italiana em 2017.

Os advogados do ex-jogador tinham denunciado supostas irregularidades processuais na Justiça brasileira, mas os seus argumentos "não revelam a ocorrência de ilegalidade ou abuso de poder", escrevem na sua decisão o ministro Luiz Fux, relator do caso.

Robinho entregou-se em março à polícia de Santos, depois de o Superior Tribunal de Justiça (STJ) homologar a condenação imposta em Itália.

Após a prisão, a defesa do ex-jogador entrou com dois pedidos para que aguardasse julgamento em liberdade  (habeas corpus) , nos quais questionaram a competência do STJ para ordenar o início da execução da pena e contestaram a constitucionalidade da lei de migração entre a Itália e o Brasil que permitiu a validação da sentença.

A Itália recorreu a esse acordo bilateral porque a Constituição do Brasil proíbe a extradição dos seus cidadãos.

Os ministros do STF, em votação virtual, decidiram negar esses pedidos e mantiveram Robinho na prisão.

"Não se vislumbra violação, pelo Superior Tribunal de Justiça, de normas constitucionais, legais ou de tratados internacionais", disse Fux.

Robinho foi condenado em Itália em 2017 por ter participado numa violação coletiva de uma jovem albanesa que comemorava o seu aniversário de 23 anos numa discoteca de Milão. A sentença foi ratificada em 2022.

O ex-atacante, que na época era jogador do AC Milan, defende A sua inocência e alega que a relação sexual com a jovem foi consentida.