O antigo futebolista Hassan Nader considera que Marrocos terá de estar na plenitude das capacidades para poder vencer Portugal e anular Cristiano Ronaldo na segunda jornada do Mundial2018, lembrando que uma derrota ditará o adeus à competição.
Em declarações à agência Lusa, o ex-jogador, agora com 52 anos, que fez grande parte da carreira em Portugal ao serviço Farense e Benfica, lamentou o mau começo da seleção marroquina em solo russo diante do Irão (perdeu por 1-0), mas, ainda assim, deixou elogios a outro português, ao selecionador iraniano, Carlos Queiroz.
"Vamos jogar contra uma grande equipa, contra excelentes jogadores. O Cristiano Ronaldo pode, a qualquer momento, resolver o jogo e temos que estar bem concentrados, trabalhar muito e com um grande sacrifício", começou por alertar, acrescentando: "Os jogadores têm que estar no topo para bater a seleção portuguesa e parar o senhor do outro planeta, o Cristino Ronaldo".
A derrota (1-0) com o Irão na primeira jornada do grupo B foi uma entrada de "pé esquerdo e um golpe duro" para Marrocos, segundo Nader, que admitiu a superioridade diante dos comandados de Carlos Queiroz.
"A nossa seleção começou com o pé esquerdo e não esperávamos, porque tínhamos esperança de ganhar pelo menos este primeiro jogo a um adversário que podíamos bater. Estivemos melhores no jogo, mas esta derrota é um golpe duro para o povo marroquino. O Irão tem um grande selecionador, muito experiente. O Carlos Queiroz soube como estudar nossa seleção e soube jogar em contra-ataque. Tiveram sorte no fim do jogo", explicou.
Para Hassan Nader, "nada é impossível" dentro de campo, mesmo quando se defronta o atual campeão europeu ou a Espanha, antiga campeã mundial, e pontuar já na quarta-feira frente à seleção de Fernando Santos é fundamental.
"Sabemos que vai ser complicado. Se perdermos este jogo quase que podemos dizer adeus ao Mundial. Isso está tudo na cabeça dos jogadores e não é fácil. Têm de ter muita calma, porque o jogo já se joga antes de ser jogado. Nada é impossível no futebol e pode acontecer qualquer coisa”, referiu.
Hassan lembrou ainda outros maus começos neste Mundial, como “o exemplo da Argentina com a Islândia, em que todos esperavam que ganhassem por três, quatro ou cinco”.
“A França, que também teve dificuldades de bater a Austrália. Mas sim, mais uma derrota e podemos dizer adeus [ao Mundial]”, disse.
Portugal e Marrocos defrontam-se na quarta-feira no estádio Luzhniki, em Moscovo, às 15:00, 13:00 em Lisboa.
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