Até esta terça-feira, o Liverpool tinha sido o único a conseguir marcar quatro (ou mais) golos no Dragão. Quem diria que o segundo a fazê-lo seria o adversário, em teoria, mais acessível no caminho do FC Porto rumo aos oitavos de final da Champions? O Club Brugge, tricampeão belga, está longe de ser uma superequipa, contudo, esteve como peixe na água numa casa que não era a sua, tirando partido da passividade portista, que sentiu como nunca a ausência de Taremi.

O avançado iraniano foi baixa por castigo (Sérgio Conceição revelou que ia dar folga ao jogador nesse mesmo dia), mas só isso não explica a falta de ideias e de agressividade nos duelos por parte dos azuis e brancos, com os setores desligados uns dos outros – e aqui nota-se a falta que fez Taremi –, a que se juntou uma avalanche de erros com e sem bola em zona defensiva.

Resultado: uma derrota humilhante por quatro golos sem resposta, a segunda em duas jornadas de Champions, que deixa o FC Porto a zero no fundo do Grupo B.

Otávio, que tinha saído de maca do jogo contra o Atlético Madrid, foi a grande surpresa no onze portista, mas as dores não o deixaram jogar a 100%, acabando a pedir para sair na segunda parte. Por outro lado, Eustáquio não é Vitinha e a falta de soluções no meio-campo continua a ser o grande problema deste FC Porto – ainda mais quando falamos de um jogo europeu.

Os dragões, que até tinham entrado bem, não souberam reagir ao penálti convertido por Ferran Jutglà e a intensidade com que normalmente partiriam para a reviravolta deu lugar a movimentações previsíveis, apoiadas sobretudo em bolas longas para as costas da defesa contrária. No regresso do descanso, o Club Brugge não deu qualquer margem para a reação portista (João Mário e Evanilson já tinham saído) e aproveitou muitos dos erros concedidos para marcar: foram dois golos em apenas cinco minutos e, já em cima dos 90, o 4-0 final.

O momento

Sowah faz o 2-0 ao minuto 47: Sérgio Conceição mexeu ao intervalo – João Mário e Evanilson deram lugar a Danny Loader e Toni Martínez –, mas nem houve tempo para perceber a ideia do treinador portista. Aos 47 minutos, Jugtlà fez o que quis dos defesas adversários, a bola sobrou para Sowah, que se antecipou a Zaidu e atirou para o fundo das redes, apanhando o Dragão de surpresa.

Veja o golo

O melhor

Ferrán Jugtlà: Exibição notável do extremo espanhol. Abriu o marcador na conversão de uma grande penalidade, ganha pelo próprio, e ainda assistiu Sowah para o 2-0, depois de vulgarizar a defesa azul e branca.

O pior

FC Porto: Não dá para individualizar. O encontro frente ao Club Brugge foi o pior europeu da era Sérgio Conceição e isso só pode dever-se à desinspiração de toda a equipa.

As reações

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