O vice-presidente Rui Sardinha e o antigo nadador olímpico Miguel Arrobas são os candidatos à presidência da Federação Portuguesa de Natação (FPN) nas eleições de 16 de novembro, após ter terminado hoje o prazo para apresentação de listas.
As listas concorrentes aos órgãos sociais da FPN para a Assembleia Geral Eleitoral, que se vai realizar na sede do organismo, no Complexo do Jamor, teriam de ser entregues até às 18:00 de hoje e as encabeçadas por Rui Sardinha e Miguel Arrombas foram as únicas que deram entrada.
As eleições da FPN, agendadas para 16 de novembro, um sábado, entre as 13:00 e as 17:00, destinam-se a encontrar o sucessor de António Silva, que preside à European Aquatics (LEN) e cumpre o terceiro e último mandato na presidência do organismo que rege a natação em Portugal.
O atual vice-presidente responsável pela pasta do alto rendimento, Rui Sardinha, foi o primeiro a anunciar a candidatura, com um “projeto de alguma continuidade, mas também com alguma mudança, não renegando o passado e com uma equipa diretiva empenhada e equilibrada”, segundo disse à agência Lusa.
Rui Sardinha referiu que Portugal viveu “o melhor ciclo olímpico de sempre, nos últimos três anos”, com “uma medalha de bronze em Jogos Paralímpicos, quatro medalhas em campeonatos do mundo, duas delas de ouro, quatro em campeonatos da Europa e uma final inédita num Campeonato do Mundo de natação artística”, e ainda lugares de pódio em competições de juniores.
Vice-presidente da FPN nos últimos 12 anos, sob a liderança de António Silva, Rui Sardinha garantiu que “o projeto desportivo, apresentado aos delegados da Assembleia Geral, aposta num maior apoio às associações territoriais, encaradas como o motor de desenvolvimento da natação portuguesa”.
Nesse sentido, o candidato propõe a revisão do programa Portugal a Nadar, que federou nos últimos oito anos cerca de 100 mil novos praticantes, o desenvolvimento do gabinete de performance para o alto rendimento, em articulação com a direção desportiva.
Miguel Arrobas, antigo nadador olímpico, de 50 anos, pretende apostar em “áreas menos exploradas como o polo aquático, colocar os saltos para a água no mapa e trabalhar na formação e no alto rendimento”, reforçando, tal como defende Rui Sardinha, o poder das associações territoriais.
“'Portugal aquático de todos e para todos’ é o lema do nosso projeto, com o qual queremos colocar o foco nas associações territoriais, nos atletas e nos treinadores. Queremos trabalhar com todos, de forma a que não haja quem valha mais e quem valha menos, queremos Portugal a uma só braçada”, explicou Miguel Arrobas à agência Lusa.
Arrobas, que participou nos Jogos Olímpicos Barcelona1992, valoriza os resultados conseguidos no alto rendimento, destacando os títulos mundial e europeu de Diogo Ribeiro e Camila Rebelo, respetivamente, e o bronze paralímpico de Diogo Cancela, mas considera necessário “melhorar no próximo ciclo”.
“Queremos redefinir planeamentos e estratégias no alto rendimento”, afirmou o antigo vereador da Câmara Municipal de Cascais e ex-deputado do CDS-PP, que integrou os órgãos sociais federativos entre 2004 e 2008, defendendo a necessidade de trabalhar com “planos plurianuais”.
Comentários