O piloto Tiago Monteiro afirmou em Macau estar “a recuperar bem” e mostrou-se confiante em regressar para o ano à “pista especial” onde foi o primeiro português a vencer a Corrida da Guia, em 2016.

“Tivemos momentos complicados nestes catorze meses, mas felizmente as coisas estão a correr bem”, disse o piloto da Honda Civic, que esteve 14 meses parado na sequência de um acidente em Barcelona.

À conversa com os jornalistas, desta vez do lado de fora da competição do Grande Prémio de Macau, Tiago Monteiro lamentou não estar a competir, mas admitiu que tem aprendido muito na condição de espetador.

“É um bocado frustrante estar em Macau e não correr”, no entanto, estar a acompanhar a equipa também é “interessante” porque se “aprende muito de fora”.

Quanto à pista onde já perdeu a conta às vezes em que competiu e na qual já se sagrou campeão, o piloto de 42 anos lembrou as adversidades da pista citadina, considerada uma das mais perigosas do mundo.

“É uma pista citadina muito diferente das outras e muito específica, um alcatrão bastante escorregadio (…) muito irregular, curvas muito cegas”, sublinhou.

Disputado no icónico traçado citadino de 6,12 quilómetros, o Grande Prémio de Macau é o maior evento desportivo organizado na Região Administrativa Especial chinesa e uma das mais antigas provas automobilísticas em todo o mundo.

Ao volante de um Honda Civic, o português regressou à competição na penúltima ronda em Suzuka, no Japão, 415 dias depois do acidente em Barcelona.

No entanto, Macau já estava fora da equação há muito tempo por indicação médica, de forma a evitar um embate que pudesse colocar em causa a recuperação.

“Correr riscos era desnecessário”, sublinhou hoje.

Questionado sobre as hipóteses de um piloto português regressar à Fórmula 1, o piloto, que em 2005 obteve a melhor classificação de um português na Fórmula 1 com um terceiro lugar nos Estados Unidos, mostrou-se pouco confiante.

Apesar de haver “bons pilotos portugueses”, é muito difícil entrar na modalidade mais importante do automobilismo porque é “cada vez mais caro chegar lá”.