Começa este sábado a edição 2024/25 do campeonato nacional de hóquei em patins. Depois da conquista do título no ano passado, o FC Porto arranca como o principal alvo a abater naquela que é vista como uma das ligas mais competitivas do mundo.

Sporting e Benfica partem ao lado dos azuis e brancos na luta pelo ceptro, contudo, o elevado nível do nosso campeonato não permite que a corrida se restrinja aos 'três grandes'.

Com efeito, clubes como a Oliveirense, ou ainda Óquei de Barcelos e Valongo, estes um degrau abaixo, já mostraram que têm capacidade para dificultar muito a vida aos três crónicos candidatos.

Histórico de vitórias

Esta será a 84ª edição do campeonato nacional de hóquei em patins. Nesta altura o FC Porto lidera no que ao número de títulos conquistados, tendo arrebatado 24 até ao momento, mais um do que o Benfica. Já o Sporting está ainda a longa distância, com apenas 9 títulos de campeão, muito devido ao longo hiato que afastou os leões da modalidade.

Apesar da competitividade da liga, a verdade é que, nos últimos dez anos, apenas houve um campeão que não FC Porto, Benfica ou Sporting; tratou-se da AD Valongo, que conquistou o seu inédito título em 2013/14. Tirando esta excepção, a última década foi distribuída pelos habituais candidatos, sendo que o FC Porto arrebatou quatro troféus, contra três do Benfica e dois do Sporting CP.

No que toca a sequência de vitórias, os dragões também lideram, tendo somado dez campeonatos consecutivos entre 2001 e 2011. O clube que mais se aproxima é o Paço de Arcos, que arrebatou cinco títulos seguidos entre 1943 e 1948.

Facto curioso é também o de, em 84 edições, quatro não terem sido ganhas por equipas que hoje não seriam consideradas portuguesas. Com efeito, durante o período da ditadura do Estado Novo, o Ferroviário de Maputo (1961/62) e o Desportivo de Maputo (1968/69, 70/71 e 72/73), ambos originários da colónia de Moçambique, venceram o título.

Subidas

A nova temporada conta com três regressos ao principal escalão. A Associação Desportiva Sanjoanense (ADS), sagrou-se campeã da segunda divisão, ao bater na final os açorianos do Candelária. A formação de São João da Madeira regressa à primeira divisão após um interregno de duas épocas, marcando a sua décima presença no principal escalão. O melhor resultado obtido pelos minhotos é um oitavo lugar em 2019/2020

Também o Candelária, que perdeu o título de campeão da segunda divisão para a ADS, também estará entre os maiores do hóquei português, já que a formação insular venceu a zona sul do escalão inferior, com mais sete pontos que o Paredes, segundo classificado. O regresso põe ponto final a sete temporadas longe da primeira divisão, onde marcam a sua 13ª presença. O melhor resultado do Candelária deu-se na época 2011/12, onde a equipa terminou o campeonato em terceiro, apenas atrás de Benfica e FC Porto.

O outro recém-promovido é o Juventude de Viana, equipa que ficou no segundo lugar da zona norte, atrás da ADS, mas que venceu o 'playoff' de promoção diante do Paredes. Será a vigésima vez que os vianenses participam na primeira divisão, regressando após apenas um ano de ausência. Entre 2008 e 2010, o Juventude de Viana esteve perto de conquistar o campeonato, acabando por ficar atrás do FC Porto em ambas as ocasiões.

Formato

De há quatro épocas para cá que o campeonato nacional apresenta um formato diferente do que tinha vindo a ser usado, e que consistia simplesmente numa estrutura de liga, onde a equipa com mais pontos no final de todas as jornadas sagrava-se campeã nacional.

Em 2020/21 foi introduzido o formato de 'playoff', e que vigora até hoje. Assim, após a chamada 'fase regular', onde as 14 equipas jogam entre si por duas vezes, os oito melhores classificados qualificam-se para o 'playoff', onde o primeiro classificado joga com o oitavo, o segundo com o sétimo e assim sucessivamente.

Estes quartos de final são jogados à melhor de três, ou seja, uma equipa tem de vencer dois jogos para passar à fase seguinte. Já as meias-finais e a final são disputadas à melhor de cinco jogos.