A corredora, que fraturou na quarta-feira um cotovelo ao cair no arranque da estafeta mista, superou as dores e deu mais uma prova de ser a mais forte do pelotão internacional, juntando este título mundial ao de 2019, bem como às três 'grandes voltas' conquistadas este ano.

Para chegar ao título, a neerlandesa soube manter-se sempre entre as favoritas e, a cerca de um quilómetro da meta, fugiu ao grupo de 12 corredoras que seguia na frente e venceu, superando a belga Lotte Kopecky e a italiana Silvia Persico, segunda e terceira classificadas, respetivamente.

No final, a corredora estava incrédula com o feito, uma vez que a lesão no cotovelo era limitativa, e afirmou: "É a minha mais bela vitória, passei do pesadelo ao sonho. Nunca imaginei que seria possível vencer esta corrida, até porque os meus sonhos tinham ficado em risco devido à fratura no cotovelo".

Prata na prova de fundo de Tóquio2020 e ouro no ‘crono’, Annemiek van Vlueten soma ainda nove medalhas em Mundiais de estrada, quatro de ouro, mais uma em Mundiais de pista, e um ouro em campeonatos da Europa.

Entre outros resultados, destaque também para as três vitórias no ‘Giro Rosa’, em 2018, 2019 e 2022, com 13 etapas conquistadas, uma no 'Tour' (2022) e duas na 'Vuelta' (2021 e 2022), bem como uma série de outras provas por etapas, duas Voltas à Flandres, duas Liège-Bastogne-Liège, uma delas este ano, duas Strade Bianche e uma infinidade de outros triunfos, com quase 100 listados na carreira profissional ao longo dos anos, numa história que se prevê só terminará no fim de 2023, com um ponto final já anunciado.