Um dia depois da conquista inédita da Taça Hugo dos Santos em basquetebol, o treinador da Oliveirense, Norberto Alves, e o ‘capitão’, José Barbosa, admitiram à agência Lusa que o principal objetivo é a renovação do título nacional.

A formação de Oliveira de Azeméis bateu no sábado o FC Porto, nas meias-finais, e, no domingo, superou na final o Benfica por 77-70, num embate em que entrou em ‘grande’, terminando o primeiro parcial com 21 pontos de vantagem (30-9).

“A final seria muito difícil se tivéssemos de andar atrás do resultado, portanto entrámos para tentar surpreender com um jogo rápido que o Benfica não estava à espera. Conseguimos, correu-nos bem, fomos eficazes nos lançamentos e, com muito sacrifício. fomos gerindo a vantagem, que ia diminuindo pelo acumular do nosso cansaço”, explicou o técnico.

Um título inédito para o clube, o jogador e treinador - depois da conquista do campeonato do ano passado, e da Supertaça já esta época -, que era o único título que faltava ao palmarés de José Barbosa, que atribuiu um grande “significado” ao troféu, pela maneira como foi conquistado.

José Barbosa lembrou “a lesão do João Guerreiro com o dedo partido, a ausência do João Balseiro, que está no hospital, entre outros problemas que afetaram a equipa durante a semana”.

“Ainda assim, ir para um fim de semana desta dificuldade, com um jogo contra o FC Porto, outro com o Benfica, e encará-los da forma como encarámos, tem um significado mais especial”, confessou o base, de 28 anos.

No próximo sábado, oliveirenses e ‘águias’ encontram-se novamente, para discutir o primeiro lugar da fase regular do campeonato, numa altura em que ambos somam 33 pontos, com Norberto Alves à espera de um jogo “difícil”, devido à qualidade dos jogadores benfiquistas, mas confiante na sua equipa, que tem de se “manter fiel à sua imagem”.

“[Somos] uma equipa muito coletiva, que dá tudo o que tem, partilha a bola e sabe sofrer. Vai ser um jogo difícil, porque eles, certamente, já não vão ser surpreendidos com algumas das coisas que fizemos, estão mais preparados. Mas, queremos vencer, e o espírito, a atitude e os objetivos são sempre os mesmos”, atira o treinador, acrescentando que “o jogo não é determinante, mas é importante”, porque o primeiro lugar dá vantagem caseira nos ‘play-offs’.

Norberto Alves admitiu que há outras equipas que se podem intrometer na renovação do título, nomeadamente FC Porto, Vitória de Guimarães e Ovarense, mas não esconde a vontade de querer conquistar tudo este ano, contrariando, desde o ano passado, a “lógica” de que sejam necessários muitos recursos para vencer.

“Se tivéssemos jogadores que assumissem esse objetivo coletivo, poderíamos vencer. Se continuarmos na mesma forma e tivermos sorte com as lesões, penso que podemos vencer todas as competições. Não sou bom a falar de probabilidades a este nível, o meu trabalho é o que eu posso dominar no dia-a-dia. Mas, vamos fazer tudo para vencer a Taça [de Portugal] e o campeonato. Sabemos que temos rivais impressionantes e que vai ser difícil, mas se fosse fácil não tinha muita piada”, assegurou.

José Barbosa confirma o espírito coletivo e assume que o balneário “é estranho”, mas por “boas razões”, qualificando-o como “intocável”, apesar das poucas derrotas não darem para “testar o balneário”, mas o ‘capitão’ prefere ver a situação pelo lado oposto.

“Poucas vezes perdemos porque o balneário é intocável. Já estávamos confiantes, fomos para um fim de semana com muitas contrariedades e a confiança acaba por ainda ser maior depois deste fim de semana. Resta-nos manter os pés na terra, porque ainda nos falta muito, falta-nos o principal da época. O balneário é uma vantagem desta equipa”, asseverou.

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