Solange Jesus (Sporting de Braga) e Mónica Silva (Salgueiros) vão procurar alcançar marca de qualificação olímpica na Maratona de Sevilha, em 18 de fevereiro, enquanto Sara Moreira (Feirense) adiou esta tentativa, confirmou hoje a própria à Lusa.

A atleta natural de Santo Tirso, de 38 anos, quarta melhor portuguesa e autora da sexta melhor marca lusa de sempre na maratona (02:24.49, em Praga, em 2015), assumiu o objetivo de disputar os seus quintos Jogos Olímpicos, em Paris2024, depois de duas desistências na distância, no Rio2016 e em Tóquio2020.

Sara Moreira reiterou à Lusa que essa ambição mantém-se, para “fechar o ciclo da alta competição”, mas a tentativa de assegurar a presença olímpica ficou adiada devido aos problemas de saúde que sofreu no final do ano passado, que atrasaram a preparação e inviabilizaram a presença em Sevilha.

Apesar de constar entre as atletas inscritas, Sara Moreira aponta, agora, a uma maratona na primavera, para tentar assegurar a presença na capital francesa, necessitando, para isso, de correr em 02:26.50 horas, marca já alcançada por Susana Godinho (Recreio de Águeda), de 31, em dezembro, em Valência (02:25.35).

Igualmente incluídas entre a elite da prova andaluza estão Solange Jesus, de 37 anos, que tem como melhor marca pessoal os 02:28.15 alcançados em Paris, no ano passado, e Mónica Silva, de 30, que detém o tempo de 02:34.02, em Hamburgo, em 2015.

Portugal contou com três atletas na maratona feminina em Tóquio2020, mas não teve representação nesta emblemática distância nos Mundiais Oregon2022 e Budapeste2023.

A marca de qualificação masculina está fixada em 02:08.10, um registo ainda abaixo das melhores marcas dos atletas lusos anunciados para Sevilha, casos de Hermano Ferreira (02:12.52, em Sevilha, em 2022), Nuno Lopes (02:13.41, em Valência, em 2022), José Sousa (02:14.49, em Berlim, em 2023), Fábio Oliveira (02:14.51, em Sevilha, em 2022) e Hélio Gomes (02:15.51, em Paris, em 2023).

A 39.ª edição da Maratona de Sevilha vai homenagear Abel Anton, pelos 25 anos da conquista do título mundial na distância, com a medalha de finalista a ter a imagem do antigo atleta a cruzar a meta no estádio de La Cartuja, contando, segundo a organização, com a mais “potente” lista de atletas de elite da sua história.

Entre estes, destacam-se os últimos vencedores e autores das melhores marcas em Sevilha, casos dos etíopes Asrar Hiyrden, vencedor em 2022 em 02:04.43, e Gadisa Birhanu Shumie, campeão no ano passado em 02:04.59, e o eritreu Okubay Tsegay (02:05.20 em Berlim, em 2023).

No setor feminino, a namibiana Helalia Johannes apresenta-se com a melhor marca pessoal (02:19.52), à frente da etíope Azmera Gebru (02:20.48) e da queniana Magdalyne Masai (02:22.16).

A corrida conta com 12.000 inscritos, entre os quais um número recorde de 5.700 estrangeiros, de mais de uma centena de países.