Portugal ‘despediu-se’ hoje dos Europeus de judo com as medalhas de bronze de Rochele Nunes (+78 kg) e Jorge Fonseca (-100 kg), que se juntam à de Telma Monteiro (-57 kg), de prata, alcançada na quinta-feira.

Em Praga, na O2 Arena, a seleção portuguesa conseguiu o maior número de medalhas desde há nove anos, quando em 2009, em Istambul, conquistou uma medalha de ouro, por João Pina, e duas de prata, por Telma Monteiro e Joana Ramos.

Neste último dia na capital checa, destinada às categorias mais pesadas, o campeão mundial Jorge Fonseca era um dos trunfos da delegação lusa, mas também Rochele Nunes, que em 2019, nos Jogos Europeus de Minsk, tinha ficado à beira do pódio.

No percurso, Jorge Fonseca teve, porém, maior exigência na categoria de -100 kg, peso em que disputou cinco combates, com triunfos em quatro deles e um desaire.

Quando tentava a vitória na ‘poule’ A, o judoca foi uma vez mais batido, com um waza-ari a 44 segundos do fim, pelo azeri Zelym Kotsoiev (12.º do ‘ranking’), com quem já tinha perdido três vezes em quatro combates, com o peso da história a prevalecer.

Antes, Jorge Fonseca tinha vencido o estónio Grigori Minaskin (23.º), por ippon, e o croata Marco Kumric (163.º em +100 kg), por waza-ari, e já na repescagem afastou o turco Mert Sismanlar (40.º), por ippon.

No quinto combate, o número dois do ‘ranking’ mundial defrontou o georgiano Varlam Liparteliani (5.º), um adversário muito conceituado: medalha de prata nos Jogos do Rio2016, três vezes campeão europeu e três vice-campeão mundial.

A dificuldade 'arrastou' a decisão para o prolongamento (‘golden score’), período em que Liparteliani recebeu um terceiro 'shido' (06.26 minutos), num momento em que a decisão podia pender para qualquer lado, com o português a ter também dois castigos.

Um cenário semelhante viveu Rochele Nunes, que chegou ao bronze nos +78 kg, a 54 segundos do final, e, igualmente, devido a um terceiro castigo à bósnia Larisa Ceric, uma adversária com melhor ‘ranking’ (oitava do mundo).

Nos últimos combates com esta adversária bósnia, Rochele não tinha sido feliz, com derrotas já este ano em Telavive e em 2019, uma delas nos Jogos Europeus de Minsk, onde a judoca naturalizada portuguesa terminaria em quinto lugar.

A participação portuguesa teve também hoje em ação Yahima Ramirez, com a atleta da Casa do Povo de Rio Maior a ‘substituir’ na convocatória a lesionada Patrícia Sampaio (-78 kg), mas sem que conseguisse passar a primeira ronda.

Foi um combate também decidido em castigos, mas desta vez sem favorecer a judoca lusa, com Yahima a ver o terceiro ‘shido’ frente à kosovar Loriana Kuka, que seria bronze, ainda antes dos três minutos de combate.

Os Europeus de Praga antecedem os de 2021 em Lisboa, de 30 de abril a 02 de maio, e na qualificação olímpica os judocas descartam o pior resultado entre as duas provas continentais, no apuramento para os Jogos Olímpicos no próximo verão, em Tóquio.

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