O presidente do Comité Olímpico de Portugal (COP) rejeitou hoje que o estudo que faz a ‘radiografia’ do desporto nacional seja utilizado como “arma de arremesso contra o Governo”, mas advertiu que o setor não pode ser esquecido.

José Manuel Constantino espera que o Governo consiga encontrar “utilidade” para o estudo, intitulado Áreas prioritárias e recomendações gerais para o setor do desporto em Portugal, encomendado pelo COP à consultora PricewaterhouseCoopers, que foi hoje apresentado no Centro Cultural de Belém, em Lisboa.

“Espero que possa ser útil. O estudo não é feito para se transformar numa arma de arremesso contra o Governo ou quem quer que seja. É o nosso contributo, o conjunto das nossas sugestões, feitas por uma entidade independente, no sentido de poder melhorar a qualidade do desporto nacional”, explicou o presidente do COP.

O estudo, que analisa o estado do desporto em Portugal em comparação com a realidade europeia num cenário muito influenciado pela pandemia de covid-19, aponta para a necessidade de uma mudança cultural estrutural, com vista ao reconhecimento da importância social e económica do setor.

“Disponibilizámos o estudo ao Governo, fizemos até questão de o entregar em simultâneo com a apresentação pública. Esperamos que possa ser útil, estamos disponíveis para ajudar e para cooperar naquilo que é a nossa vocação e está no âmbito da nossa responsabilidade”, assinalou José Manuel Constantino.

O presidente do organismo olímpico espera que “haja equilíbrio” na distribuição dos meios financeiros por parte do Governo, “porque só há um país” e não pode haver “certo tipo de prioridades para um setor e outro que, permanentemente, é esquecido”.

“Estou convencido que o Governo irá olhar para o estudo que apresentámos com atenção, com cuidado, e estou certo de que não deixará de levar em linha de conta algumas recomendações que lá estão contidas”, observou o líder do COP durante a apresentação, que contou com vários dirigentes desportivos.

O presidente do Conselho Económico e Social (CES), Francisco Assis, comentou o estudo, que foi financiado pelo Comité Olímpico Internacional (COI), considerando que as conclusões revelam “insuficiências estruturais preexistentes à pandemia”, que apenas agravou os problemas.

Para Francisco Assis, é necessário “instaurar uma nova cultura desportiva”, exemplificando com o facto de o desporto não estar representado no Plenário do CES, uma situação que pretende alterar, tendo já solicitado à Assembleia da República a alteração da lei para esse efeito.

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