
O passivo do Desportivo de Chaves aumentou cerca de 113 mil euros, para 1,435 milhões de euros, de acordo com o relatório de contas aprovado hoje em assembleia geral de sócios do emblema da II Liga de futebol.
Segundo as contas relativas à época 2023/2024, o passivo do clube transmontano aumentou cerca de 113 mil euros face à temporada anterior, fixando-se agora nos 1,435 milhões de euros.
O emblema flaviense apresentou, porém, um resultado líquido positivo de 48.814 euros.
Numa assembleia geral com 52 associados presentes, o relatório de atividades e contas da direção relativo à temporada 2023/2024, que obteve parecer favorável do respetivo Conselho Fiscal, foi aprovado por maioria, com 593 votos a favor, 35 contra e sem abstenções.
Bruno Carvalho, presidente da direção do Desportivo de Chaves, enalteceu que o exercício ficou marcado por um aumento de receitas em cerca de meio milhão de euros, mas também por “um aumento exponencial da despesa, que se traduz nos resultados, devido a uma série de rubricas que advêm de despesas da época anterior e que se traduziram no relatório [hoje aprovado]”.
Ao mesmo tempo, o responsável esclareceu que houve "uma diminuição do passivo não corrente do clube", o qual decorre “do investimento da família [Carvalho], que apresentou uma garantia bancária no processo de insolvência” preexistente, e que se fixa agora nos 893 mil euros.
Bruno Carvalho comunicou aos associados que o clube mantém a situação contributiva regularizada junto da Autoridade Tributária e Aduaneira e da Segurança Social, facto que lhe permite continuar a receber apoios de entidades públicas.
Numa lógica de “transparência financeira”, foi ainda aprovada a transição do resultado líquido para a temporada 2024/2025, “um valor significativo em termos de despesa, que terá de ser tido em conta no próximo exercício”, explicou o presidente.
No que toca à equipa principal, a despromoção à II Liga portuguesa de futebol representou um “decréscimo significativo” no número de sócios pagantes, que ronda agora os dois mil, consequência que será mais notória no próximo exercício.
“A divisão em que [competimos] interfere, e de que maneira, com as receitas. Quando o clube está na I Liga, a receita de quotas é muito maior. Portanto, se a SAD [Sociedade Anónima Desportiva], quer continuar a conduzir o clube para a sua estabilidade, que tem vindo a conseguir, com resultados positivos, quanto mais sócios houver, melhor”, frisou Bruno Carvalho.
A nove jogos do final da temporada, o Desportivo de Chaves segue na quarta posição da II Liga, com 41 pontos.
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