O antigo presidente da claque Juve Leo Fernando Mendes, que tinha sido detido no âmbito da investigação à invasão à Academia de Alcochete, já está em liberdade, disse hoje à agência Lusa fonte judicial.

De acordo com a mesma fonte, Fernando Mendes, que estava em prisão preventiva, foi libertado depois do juiz de instrução ter dado provimento ao requerimento apresentado pela procuradora Cândida Vilar, no qual pedia que este arguido seja posto em liberdade, com base num problema de saúde grave.

Após a detenção, soube-se que Fernando Mendes sofre de leucemia e necessita de um transplante de medual óssea.

Com esta decisão, mantêm-se em prisão preventiva 35 dos 44 arguidos no processo, incluindo o líder da claque Juventude Leonina (Juve Leo), Nuno Vieira Mendes, conhecido como 'Mustafá', que viu em 06 de junho o Supremo Tribunal de Justiça negar-lhe uma providência de 'habeas corpus' (pedido de libertação imediata), e o ex-oficial de ligação aos adeptos Bruno Jacinto.

Em janeiro deste ano, o TIC do Barreiro declarou a especial complexidade do processo da invasão à Academia do Sporting, pedida pelo MP, o que, consequentemente, dilatou o prazo de prisão preventiva dos arguidos que se encontram presos.

Esta decisão teve como consequência direta o alargamento do prazo (até 21 de setembro) para que o TIC do Barreiro profira a decisão instrutória, sem que 23 dos arguidos sejam colocados em liberdade. A fase de instrução teve início no dia 01 de julho.

Os primeiros 23 detidos pela invasão à Academia e consequentes agressões a futebolistas, técnicos e outros elementos da equipa 'leonina' ficaram todos sujeitos à medida de coação de prisão preventiva em 21 de maio do ano passado.

Aos arguidos que participaram diretamente no ataque à Academia do Sporting, em Alcochete, em 15 de maio de 2018, o MP imputa-lhes na acusação a coautoria de crimes de terrorismo, de 40 crimes de ameaça agravada, de 38 crimes de sequestro, de dois crimes de dano com violência, de um crime de detenção de arma proibida agravado e de um de introdução em lugar vedado ao público.

O antigo presidente do clube Bruno de Carvalho, Mustafá e Bruno Jacinto, ex-oficial de ligação aos adeptos, estão acusados, como autores morais, de 40 crimes de ameaça agravada, de 19 de ofensa à integridade física qualificada, de 38 de sequestro, de um crime de detenção de arma proibida e de crimes que são classificados como terrorismo, não quantificados. Mustafá está também acusado de um crime de tráfico de droga.

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