Rúben Amorim, treinador do Sporting, antecipou esta segunda-feira o embate frente ao PSV, a contar para a segunda jornada da Liga dos Campeões.

Jogo frente ao neerlandes:"A qualidade é similar. Em Portugal temos um mindset diferente. Aqui é futebol total. São boas ligas, com bons treinadores e bons jogadores. São semelhantes em qualidade. Espero um bom jogo amanhã. Temos um bom ambiente, boas academias, como a do Ajax e do PSV. Somos um país que gosta de futebol como vocês.

"Matheus Reis? Está de fora por algum tempo. Depois da paragem vamos ver e fazer a avaliação."

Daniel Bragança mais completo: "O Dani tem sido uma surpresa. Lesionou-se e voltou melhor jogador. Já disse ao doutor que vamos fazer isso com os outros [risos]. Tem capacidade mental e com os pés, é o jogador mais injustiçado desde que estou no Sporting. Vejam os números dos médios, se não estiverem ela por ela, o erro é meu. É difícil escolher um. Acho que ele atingiu uma dimensão diferente do que estava à espera, tem capacidade para chegar à Seleção. Para mim é um titular, mas às vezes tenho de fazer gestão. Todos merecem jogar. Acho que fez por merecer o momento que tem, sofreu muito mas voltou melhor jogador. O Pote é um jogador que está quase sempre no onze, vamos jogar em função do queremos para o jogo. Estará lá um jogador preparado para o jogo."

Falta de afirmação do Sporting na Europa. "Dá para perceber que estamos num patamar diferente. Costumava-se dizer que não chegávamos ao Natal, que não lutávamos pelo campeonato. Acho que já provámos que somos competitivos. Tirando o ano em que estragámos tudo. Já temos essa consciência. Agora esperam que possamos dar o passo seguinte na Europa. Também temos de perceber que há equipas que jogam num patamar similar ao nosso e lutamos contra campeonato e equipas que têm posicionamento diferente. Tentamos provar que podemos ser mais competitivos. Melhorar aquilo que fizemos com o Lille, ter outra capacidade a construir. Sinto que as pessoas esperam isso e vamos tentar corresponder a esse pedido dos adeptos."

"Sobre o Franco Israel: "Não ganhou muito a trabalhar comigo, trabalha com o Vital. É um jogador mais confiante agora, melhorou muito a potência quando bate a bola. Provou que está preparado para assumir e correspondeu, é um jovem mais adulto e preparado, um excelente guarda-redes que está preparado para caso tenha de ir a jogo amanhã."

Registo do PSV: "Isso não entra na preparação porque não sabia. Estarem a dizer isso não é agrádavel. O PSV é um clube dominador, marca muitos golos. Estudámos este jogos e da Liga dos Campeões do ano passado, apesar de algumas diferenças. Cada vez que jogamos em Alvaldade não vamos a pensar que vai ser fácil. Quando estamos do outro lado acreditamos que podemos ganhar sempre em qualquer campo. Como a nossa fortaleza pode ter um mau dia, amanhã pode ser o caso do PSV, é para isso que vamos lutar."

Condição de St. Juste. "Não está apto para este jogo. Veio porque está a treinar com a equipa, está a finalizar o processo de recuperação. Vamos jogar amanhã e ter um treino na manhã seguinte, queremos o St. Juste a treinar, não o queremos deixar em Lisboa. Queremos que sinta a relação com os colegas. Ainda falta algum tempo para estar apto. Está feliz, nota-se que está outra pessoa. É importante para o Edwards também, a ligação vai ajudar a que voltem a ser importantes. [St. Juste] É um jogador de seleção, acreditamos muito nele, esperamos que ele recupere. É um jogador acima da média."

Marcação a Gyokeres: "Tem muito a ver com o que falámos do modelo, para marcar os jogadores, não deixar o Viktor homem vs homem. Se tirar alguém para ajudar, haverá um jogador livre. Essa forma de ver o jogo não vai mudar a nossa forma de ser. Ele tem características especiais, mas se tirarem alguém há que abrir outros espaços e podemos aproveitar. Uma equipa com menos um dia tem alguma influência. Não é decisivo porque houve poupança. O PSV poupou alguns jogadores, não vai ter diferenças fisicamente. Isto acontece em todos os campeonatos, já aconteceu connosco. É um treinador experiente que sabe lidar com isso".

Elogios do técnico do PSV: "Obviamente que ficamos muito felizes. Nós também acompanhamos o que os outros fazem. Acho que evoluímos no modelo de jogo, também me lembro bem do jogo e o que posso retirar é que o Peter [Bozs] joga sempre para a frente, acho que é uma coisa cultural. Duas equipas de ataque, culturas diferentes, mas resultados semelhantes nos campeonatos. Ambas perderam a Supertaça. Não há assim tanta diferença na Liga dos Campeões, eles tiveram um jogo fora contra um clube com história. Duas equipas que estão a dominar, mas que ainda falta muito. Amanhã vai ser um bom jogo e com golos."