No livro "Azul até ao fim", publicado recentemente por Jorge Nuno Pinto da Costa, o antigo presidente do FC Porto revelou o episódio que levou à venda de Luiz Díaz para o Liverpool em janeiro de 2021.
Neste capítulo, o antigo líder dos dragões afirma que o clube teria de fazer uma venda, caso contrário seria impedido de participar nas competições europeias, uma situação que, segundo Pinto da Costa, deveu-se em grande parte à pressão de Sérgio Conceição em duas contratações em particular.
"Ficámos, a dois dias do prazo dado pela UEFA, num dilema — ou vendíamos o passe de um jogador ou não íamos às competições europeias. Esta segunda solução, para mim, era inaceitável. Já tinha avisado os meus colegas que se tal acontecesse me demitiria. E expliquei-lhes que não havia outra solução, pois essas dívidas eram fundamentalmente por dois atos de gestão ruinosos: a compra do José Luís e do Nakajima. Não servia de desculpa a pressão que o treinador nos fez para a compra desses jogadores, porque os culpados fomos nós em ceder a essa pressão", pode ler-se.
Perante as dificuldades financeiras, Pinto da Costa escreve que o clube se viu forçado a ver sair um dos seus principais jogadores, acrescentando quais aqueles que eram do interesse do mercado, e que a proposta do Liverpool por Díaz foi aquela que melhores condições apresentava.
"Tínhamos então de negociar um jogador e fomos para o mercado. Recebemos propostas pelo Vitinha, pelo Fábio Vieira e pelo Taremi, que considerei lamentáveis pois eram autenticamente um aproveitamento da nossa situação. Restava o interesse de alguns clubes pelo Luis Díaz — Liverpool, Tottenham, Newcastle, Barcelona. O que nos apresentou melhor melhores condições foi o Liverpool e foi aquele que o jogador preferiu e aceitou. Foi uma saída de um excelente jogador, mas infelizmente inevitável", acrescenta.
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