O presidente norte-americano, Joe Biden, considerou hoje que a condenação da basquetebolista Brittney Griner a nove anos de prisão por um tribunal russo é “inaceitável” e exigiu à Rússia que a liberte imediatamente.

“É inaceitável e peço à Rússia que a liberte imediatamente para que ela possa encontrar a sua esposa, os seus parentes e os seus companheiros de equipa”, pediu Joe Biden, através de um comunicado, alguns momentos após o anúncio do veredicto.

O presidente norte-americano prometeu trabalhar “incansavelmente e explorar todos os caminhos possíveis” para alcançar a libertação de Britney Griner.

A Liga de Basquetebol Feminino da América do Norte (WNBA) lamentou a condenação, qualificando-a como “injustificada e infeliz”, ao mesmo tempo que considerou o veredicto “previsível” e a detenção de Brittney “injustificada”, numa declaração conjunta com a Liga de Basquetebol masculina norte-americana (NBA).

A estrela dos Phoenix Mercury deslocou-se à Rússia para jogar durante a paragem competitiva da WNBA, uma prática corrente para as basquetebolistas daquela competição, que auferem, muitas vezes, mais no estrangeiro do que nos Estados Unidos.

Presa em Moscovo no passado mês de fevereiro com um vaporizador contendo líquido à base de canábis, pouco tempo antes do início da invasão da Ucrânia, a bicampeã olímpica foi apanhada no meio de uma crise geopolítica entre a Rússia e os Estados Unidos.

Por seu lado, o chefe da diplomacia norte-americana, Antony Blinken, acusou Moscovo de usar “detenções injustificadas para promover seus próprios interesses”.

Entretanto, os advogados de Brittney Griner anunciaram que vão recorrer da condenação da atleta.