O Conselho de Disciplina anunciou, esta terça-feira, o mapa de castigos a propósito do FC Porto-Sporting da passada sexta-feira.

João Palhinha foi castigado com três jogos e Marchesín com dois, isto na sequência da confusão final no relvado do Dragão. No caso do médio do Sporting, em causa está a agressão "a um adversário com uma estalada", conforme descrito no relatório do árbitro João Pinheiro, ao passo que o guarda-redes dos dragões "pontapeou um adversário praticando um ato de conduta violenta".

Ambos os jogadores também terão multas a pagar: Palhinha no valor de 1.530 euros e Marchesín de 1.020.

Sebastián Coates (expulso) e Ricardo Esgaio (quinto amarelo) ficam suspensos por um jogo.

Pepe e Tabata estão a contas com processos disciplinares e ficam preventivamente suspensos por dois jogos. De acordo com o relatório de João Pinheiro, Pepe "pontapeou um diretor da equipa adversária, praticando um ato de conduta violenta", enquanto Tabata "empurrou um diretor da equipa adversária, praticando um ato de conduta violenta".

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"Não obstante a instauração do processo disciplinar, atendendo ao facto de ambos os jogadores terem sido expulsos com exibição de cartão vermelho, encontram-se suspensos de forma preventiva automática, de acordo com o disposto no artigo 37.º, número 3, alínea a) do RDLPFP pelo período de 2 (dois) jogos oficiais (período máximo previsto regulamentarmente).", pode ler-se no comunicado do Conselho de Disciplina.

Na sequência do processo disciplinar que lhes foi instaurado, ambos podem incorrer em castigos de dois meses a dois anos, por agressão a um agente desportivo.

O Concelho de Disciplina instaurou ainda um processo disciplinar a Matheus Reis, devido a um gesto do defesa do Sporting em direção a Francisco Conceição, durante o Clássico, após uma disputa de bola entre os dois.

"Gesto incorreto executado no decorrer do jogo, amplamente divulgado na comunicação social e que não foi relatado em relatórios oficiais", pode ler-se no comunicado do órgão federativo.

Já os dirigentes Hugo Viana, do Sporting, e Luís Gonçalves, do FC Porto, que, após o clássico disputado na sexta-feira e que terminou empatado 2-2, entraram “no terreno de jogo para provocar um conflito com um adversário”, enfrentam uma suspensão preventiva de 20 dias para cada.

O CD da FPF justificou a aplicação de processos sumários aos factos descritos nos relatórios oficiais, de árbitro, forças policiais ou delegado da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP), desde que não esteja em causa a aplicação de suspensões superiores a um mês ou quatro jogos.

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Foi ainda instaurado um processo de inquérito a vários incidentes, como o arremesso de objetos por parte de apanha-bolas, o comportamento de elementos de apoio à organização do jogo [ativações publicitárias] e as denúncias apresentadas pelo diretor de segurança do Sporting, entre o presidente dos ‘leões’, Frederico Varandas, e o administrador da SAD do FC Porto Vítor Baía e o diretor de imprensa dos ‘azuis e brancos’, Rui Cerqueira, após a conferência de imprensa.

Do comunicado, consta ainda o castigo de um jogo aplicado ao treinador-adjunto do Sporting Carlos Fernandes, por ter entrado no relvado durante o jogo, e as multas aplicadas aos dois clubes, no valor de 16.575 euros para o FC Porto e 5.740 para o Sporting.

FC Porto e Sporting empataram 2-2 no clássico da 22.ª jornada, disputado na sexta-feira, no Estádio do Dragão, no Porto, num encontro em que os campeões nacionais marcaram primeiro, por Paulinho e Nuno Santos, e os líderes do campeonato empataram, com golos de Fábio Vieira e Taremi.

O FC Porto lidera o campeonato com 60 pontos, mais seis do que o Sporting, segundo classificado.