Fernando Reges passou seis temporadas no FC Porto, entre 2008 e 2014, antes de se mudar para o Manchester City. O agora jogador do Sevilha, por quem conquistou recentemente a Liga Europa, troféu que também já havia erguido pelos 'dragões', deixou numa entrevista concedida ao portal brasileiro UOL elogios aos treinadores portugueses, dizendo que estes não ficam atrás de Josep Guardiola, com quem o centrocamposta brasileiro trabalhou nos 'citizens'.

"Guardiola é um treinador diferenciado. Quando se vê um treinador e toda a gente fala dele, é porque ele tem algo de diferente. Quando via o Barcelona jogar, perguntava-me 'o que é que ele tem que os outros não têm?'. Depois comecei a trabalhar com ele e comecei a prestar atenção. Estava a trabalhar com o melhor treinador do mundo e a perceber o que ele fazia diferente. Ele tem muitas coisas boas, só que não tem tanta coisa diferente do que os técnicos portugueses tinham", sublinhou
o antigo médio do FC Porto.

Um dos treinadores portugueses com quem Fernando trabalhou nos 'dragões' foi Jesualdo Ferreira (os outros foram André Villas Boas, Vítor Pereira e Paulo Fonseca) e o centrocampista lamentou que o técnico luso não tenha singrado no Santos. "O meu primeiro ano no Porto foi com o Jesualdo. Quando soube que o Santos o ia contratar fiquei muito feliz. 'Vai ser um treinador que vai mostrar que é muito bom', pensei, porque ele realmente é muito bom. Ele ajudou-me bastante. Quando cheguei à Europa, cheguei totalmente cru em termos táticos. No Brasil aprendemos muitas coisas técnicas, mas em termos táticos o Brasil perde muito para a Europa", apontou.

"E aprendi bastante com ele. É um treinador que tem paciência com os jovens, ajuda bastante. Então pensei que seria um treinador que faria uma revolução muito grande no Santos, até porque o Santos aposta nos jovens. Mas, infelizmente, não teve tempo para isso e pelo que eu vi nas redes sociais estava com problemas financeiros e acabaram não tendo paciência com ele", lamentou Fernando.

Ainda na mesma entrevista àquele portal, o médio falou da alcunha com que ficou conhecido no FC Porto: 'polvo'. "Foram os adeptos do Porto, logo quando eu cheguei. Estávamos a fazer uma temporada muito boa, fomos campeões e vencemos a Taça de Portugal. E também estivemos muito bem na Champions League. Acabámos eliminados pelo Manchester United nos quartos, mas conseguimos fazer um jogo espetacular na primeira mão, no campo do United, empatando 2-2, e foi quando o pessoal do Porto me começou a chamar de Polvo, por ter roubado tantas bolas a tantos jogadores de qualidade, como Cristiano Ronaldo, Rooney ou Tevez", explicou.