O regresso de Jorge Jesus ao Benfica não correu como o esperado. Quem o reconhece é Domingos Soares de Oliveira, co-CEO do clube da Luz, numa entrevista concedida ao jornal online 'Eco', na qual comentou ainda outros assuntos da atualidade das 'águias', entre eles o facto de a auditoria forense prometida pelo presidente do clube, Rui Costa, só ir estar concluída no final do ano.

Sobre Jesus, Soares de Oliveira explicou que a aposta no técnico tinha em vista os resultados imediatos, sem pensar numa estratégia a longo prazo, mas que "falharam várias coisas", apesar da qualidade do plantel às ordens do técnico.

"Falharam várias coisas, falharam opções de mercado garantidamente, tínhamos um plantel que não era suficientemente equilibrado. Admitimos que tenham falhado também opções de ordem tática, técnica. O que presidiu à contratação deste treinador [Jesus] era uma lógica de um resultado rápido, há que reconhecê-lo. Não fomos à procura de um treinador que pudesse inserir-se numa estratégia seguida ao longo de vários anos, relativamente a uma aposta equilibrada entre jogadores experientes e jogadores de formação, portanto, a opção foi assumida de forma consciente", explicou o dirigente sobre o regresso de Jesus ao Benfica em 2020, que terminou depois em finais de 2021 sem nenhum título conquistado.

"Se alguma coisa tivesse sido identificada, teria sido posto cá fora"

Quanto à auditoria forense, que Rui Costa adiantou recentemente que apenas estará concluída no final do presente ano, Domingos Soares de Oliveira explicou as razões da demora no processo.

"Envolve, no total, três matérias. Uma, o caso Imosteps, em nada tem a ver com o Benfica, a segunda tem a ver com o Sr. John Textor e a terceira, sim, é uma matéria relevante que é perceber se, em relação a determinados contratos de jogadores, a Benfica SAD foi prejudicada. E esses resultados estão associados a processos que estão em segredo de justiça. Certamente o Ministério Público não iria gostar. Nós não somos jornalistas, somos a entidade que eventualmente terá sido prejudicada e é nessa posição que atuamos. É importante referir que se alguma coisa tivesse sido identificada que levasse à suspeita de que a sociedade tinha sido prejudicada, isso teria sido posto cá fora", garantiu Domingos Soares de Oliveira.