Perto de 60 000 adeptos assistiram no Estádio da Luz à vitória confortável do Benfica diante do Rio Ave por 4-2. Os Vilacondenses foram os primeiros a marcar por Fábio Ronaldo aos seis minutos, mas rapidamente se fez a remontada por Gonçalo Ramos aos 13'e um auto-golo de Jonathan aos 19'.O avançado português bisou aos 46' e Petar Musa deu o quarto aos 62'. A contagem ficou fechada com Guga do Rio Ave a marcar um grande golo aos 86'.

Com este resultado, a equipa de Roger Schmidt reforça a liderança do campeonato e o Rio Ave fica no décimo primeiro posto.

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Schmidt faz revolução, Luís Freire traz regresso de Samaris à Luz

Depois de um jogo desgastante para a Liga dos Campeões, Roger Schmidt fez a primeira grande revolução no onze esta temporada. Sem perder a essência tática que caracteriza este Benfica, foram chamados às escolhas iniciais Draxler, Aursnes, Gilberto, Diogo Gonçalves e Mihailo Ristic, uma estreia na lateral-esquerda.

Uma equipa altamente pressionante e que apenas foi surpreendida no primeiro golo do Rio Ave, fruto da avalanche ofensiva à baliza de Jonathan. Destaque para as constantes movimentações e incursões de Ristic e para Draxler a aparecer mais junto Gonçalo Ramos e a trazer um futebol diferente do que Rafa costuma oferecer.

Do lado do Rio Ave, viu-se uma equipa que não veio com receios de atacar, mas que em termos defensivos deixou muito a desejar. Os contra-ataques acabaram por ser a maior arma de fogo de Luís Freire que promoveu o regresso de Samaris ao Estádio da Luz. Mesmo com um trio de centrais que se encarregava da primeira fase de construção e de tentar contrariar o futebol da equipa da casa, notou-se claramente uma cedência face à pressão ofensiva do adversário com constantes perdas de bola em zona proibida.

Primeira parte: O golo sofrido não assustou

O desgaste da Champions League parece não ser motivo de preocupação para este Benfica. Com um Estádio da Luz bem composto, Schmidt apostou em novas caras que entraram com uma sede de golo frente a um Rio Ave que também tinha olhos postos na baliza.

Foram assim mesmo oque os Vilacondenses aproveitaram um contra-ataque e chegaram ao primeiro por Fábio Ronaldo aos seis minutos. Era tanta a avalanche ofensiva que os espaços abriram-se.

Ainda assim, este parecia ser um jogo em que ambos os setores recuados queriam ficar na fotografia pelos maus motivos. O Rio Ave apresentava um esquema tático que podia antever uma maior segurança defensiva, mas a verdade é que a primeira fase de construção e a pressão dos encarnados acabou por levar à remontada num curto espaço de tempo.

Depois de um primeiro aviso de Gonçalo Ramos aos oito minutos, eis que o empate surgiu aos 13 minutos numa boa jogada de combinação ofensiva que saiu dos pés de Enzo Fernández para João Mário que assistiu o avançado português.

Os Vilacondenses mostravam-se incapazes de reagir à pressão ofensiva das Águias e já se perspetivava o 2-1. Desta feita, não foi nenhum jogador da equipa da casa a atirar para o fundo das redes.

A incapacidade de lidar com a pressão fez-se sentir no guarda-redes Jonathan que, numa tremenda infelicidade, deixou a bola escapar por entre os pés com entrada a via verde na própria baliza. Um momento daqueles que não fica para as boas recordações e que levaram a que o estádio da Luz não só celebrasse o golo como também começasse a 'jogar' com as fragilidades do guardião adversário.

Houve tempo, contudo para a redenção. Jonathan começou a brilhar entre os postes e negou o 3-1 por várias ocasiões. Primeiro a João Mário, depois a Ristic e por fim a Diogo Gonçalves.

A tranquilidade respirava-se na Luz, mas havia a ânsia do 3-1 sem qualquer resposta do outro lado. Foi assim que Gonçalo Ramos bisou em mais uma tarde de sucesso para o jovem avançado. Estava feito o 3-1 aos 46 minutos com Enzo Fernández a voltar a destacar-se na assistência.

Ficava assim na retina uma primeira parte de controle da equipa da casa e com muitos motivos de preocupação para a comitiva de Luís Freire.

Segunda parte: Uma estreia a marcar em modo gestão

No segundo tempo, Schmidt deu continuidade à gestão e fez entrar Florentino e Petar Musa para as saídas de Gonçalo Ramos e Enzo Fernández (as maiores figuras da primeira parte).

O Rio Ave parecia uma equipa mais reativa, mas perto do golo continuavam os encarnados. Luís Freire também decidiu promovera primeira alteração aos 55 minutos com ua mexida na zona intermediária. Ukra rendeu assim Miguel Baeza.

O primeiro grande aviso da segunda parte foi dado por Draxler aos 56 minutos, mas o 4-1 chegou pelo recém entrado Musa - uma estreia a marcar.

Ristic colocou a bola na grande área para os pés do avançado ex-Boavista que só teve de encostar. Um golo com um sabor especial aos 62 minutos e que deu por definitivo o xequemate ao encontro.

Aos 66 minutos, um dos grandes momentos do encontro. Samaris deu lugar a Vítor Gomes e os aplausos na Luz não ficaram indiferentes ao médio grego que saiu visivelmente emocionado da antiga casa.

Era tempo de Schmidt dar minutos aos menos utilizados e Rodrigo Pinho foi chamado para o lugar de João Mário. Nas bancadas gritava-se "só mais um" e a verdade é que as oportunidades continuavam a aparecer.

Aos 77 minutos, Jonathan voltou a borrar a pintura e cedeu à pressão de Musa, mas sem males maiores para a defensiva do Rio Ave.

O golo de honra - na realidade o segundo da tarde para os visitantes - ficou nos pés de Guga que bateu Vlachodimos de fora de área com um remate de belo efeito aos 86 minutos. Um golo que se tivesse surgido mais cedo poderia ter trazido outra história ao encontro.

O Rio Ave ganhou mais confiança e voltou a ameaçar por Hernâni mas sem efeitos práticos.

Ainda houve espaço para um 5-2 anulado por fora de jogo ao Benfica. Seria mais uma estreia a marcar por Rodrigo Pinho para o Benfica.

Sem tempo para mais Manuel Oliveira apitou para o final com a comunhão a destacar entre a equipa do Benfica e todo o estádio.