Em vésperas de clássico na Luz, o Benfica conseguiu conservar a vantagem de dez pontos sobre o FC Porto (isto se não houver surpresa no Dragão), com um triunfo sofrido em Vila do Conde. Logo a abrir a segunda parte, uma jogada de insistência dos encarnados resultou no golo solitário de Gonçalo Ramos, que garantiu assim o 10.º triunfo consecutivo na I Liga. Ainda assim, a equipa de Roger Schmidt nunca esteve confortável no jogo (mérito do Rio Ave) e passou por alguns calafrios, sobretudo na reta final

Com este resultado, o Benfica lidera agora com 71 pontos e mantém os 12 de vantagem para o SC Braga, que venceu em Chaves, por 2-1. O FC Porto está a 13, mas ainda joga com o Portimonense esta noite (20h30). Já o Rio Ave é nono, à condição, com 33 pontos.

Veja o resumo

Roger Schmidt optou por deixar no banco Florentino, que estava em risco de exclusão para o clássico, com este a ser rendido por Aursnes, de regresso ao onze após cumprir castigo na última ronda. No lado dos vila-condenses, Luís Freire também fez apenas uma troca na equipa inicial, com Vítor Gomes a ceder o lugar a Samaris.

Aos seis minutos, Rafa arrancou a toda a velocidade pela esquerda, mas Patrick William fechou a linha de passe para João Mário, que estava isolado, e desarmou o extremo. O Rio Ave tentou responder logo a seguir, num remate de Boateng que saiu à figura de Vlachodimos.

Continuou animado o jogo, com oportunidades de parte a parte. Aos 7’ Gonçalo Ramos, servido por Rafa, atirou forte à malha lateral (nota para a receção orientada do avançado) e depois foi Samaris, numa bela iniciativa individual, a levar a melhor sobre Aursnes e António Silva, mas o remate saiu fraco.

O Benfica tentava criar perigo, sobretudo pela ala esquerda, mas pecava no momento de finalizar. Foi assim aos 17’, quando David Neres descobriu Gonçalo Ramos no interior da área, mas o remate, de primeira, saiu fácil para Jhonatan.

À passagem da meia-hora de jogo, André Pereira introduziu a bola na baliza das águias, mas estava claramente adiantado. Respirava de alívio o Benfica, que, apesar de tudo, continuava a não saber tirar partido dos espaços concedidos pelo adversário em alguns momentos. Neres ainda rematou rasteiro ao lado do poste, e Rafa arriscou o chapéu a Jhonatan (que não se deixou enganar), ambos sem sucesso.

Não se sabe o que Roger Schmidt pediu à sua equipa ao intervalo, mas a verdade é que resultou, pois o Benfica chegou ao golo logo no arranque da segunda metade. João Mário recebeu na direita, descobriu um túnel entre as pernas de Patrick William e cruzou atrasado para a área, com Gonçalo Ramos a falhar à primeira, mas depois a fuzilar as redes de Jhonatan.

Veja o golo

O golo sossegou o líder, e por momentos pensou-se que o jogo estaria controlado pelos encarnados, só que o Rio Ave nunca desanimou, tendo reagido de imediato por Guga Rodrigues, rematar de longe para as mãos de Vlachodimos.

Aos 66' João Mário aproveitou uma má saída de Jhonatan para ultrapassar o guarda-redes rioavista, mas o cruzamento para Gonçalo Ramos saiu mal e acabou intercetado por Costinha. O Benfica voltou a estar perto do 2-0 aos 72' quando Rafa invadiu a área adversária, acabando por atirar muito por cima - mérito para a pressão de Aderlan.

Do outro lado, o Rio Ave continuava a acreditar no empate e foi empurrando o adversário para o seu último terço. A 15 minutos dos 90, Fábio Ronaldo cruzou largo da esquerda, Costinha evitou que a bola saísse junto à linha de fundo e Boateng, com tudo para marcar, rematou por cima da trave.

Já com Musa, Florentino e Tengstedt em campo, o Benfica sofreu até ao fim perante algumas investidas dos vila-condenses, com destaque para um remate cruzado de Hernâni Fortes, após bola bombeada na profundidade da defesa encarnada, obrigando Vlachodimos a aplicar-se.