O Benfica bateu o Paços de Ferreira por 2-1 com um golo de Luca Waldschmidt praticamente no último lance do jogo e aproximou-se assim do Sporting no topo da classificação, com um triunfo suado sobre um conjunto que vinha de uma excelente série de resultados.

Num belo jogo de futebol, em especial no primeiro tempo, em que foram muitas as ocasiões de golo para as duas equipaso Paços marcou no primeiro, num grande golo de Oleg, a meio da primeira parte. O Benfica empatou no segundo tempo, por Rafa, e quando já toda a gente contava com o empate, um cabeceamento de Waldschmidt no terceiro minuto dos descontos valeu os três pontos às 'águias'.

Miolo renovado, contrariedade antes de começar nas 'águias' e perigo nas duas balizas a abrir

Jesus apostou num meio-campo renovado, com os regressos à titularidade de Julian Weigl e Adel Taarabt, saindo Gabriel e Chiquinho em relação ao jogo de meio da semana com o Lech Poznan. E, apesar de uma contrariedade pouco antes do início do encontro, com o sempre influente Grimaldo a lesionar-se no aquecimento e a ter de ceder o lugar no 'onze' ao jovem Nuno Tavares, o Benfica entrou bem e quase marcou logo aos quatro minutos.

Rafa trabalhou bem no centro do terreno, a bola sobrou para o remate de Darwin, mas o guarda-redes do Paços, Jordi, fez bem a mancha e negou o golo dos encarnados.

Mas o Paços não se amedrontou, subiu no terreno e só não marcou na resposta porque Douglas Tanque, com tudo para marcar, não conseguiu bater Vlachodimos. Luther cruzou para a área, o goleador dos pacences cabeceou solto de marcação já na pequena área, mas a bola saiu na direção d do guarda-redes encarnado, que por instinto evitou o golo.

Oportunidade cá, oportunidade lá...e golo do Paços

O jogo seguia aberto, o Paços não se fechava, tentava sempre explorar o ataque e o Benfica aproveitava o espaço concedido para criar perigo. A seguinte surgiu dos pés de Pizzi. Perda de bola de Eustáquio, Darwin recuperou e serviu Pizzi para o remate, com o capitão encarnado, em excelente posição, a errar o alvo por muito pouco, fazendo-a mesmo tocar ao de leve no poste.

Não marcou o Benfica, marcou o Paços. E com um grande golo. Canto para a equipa pacense, Vlachodimos afastou e a bola sobrevou para Oleg que, de primeira e sem deixar bater no chão, inaugurou o marcador. Um golaço do moldavo. E o 2-0 só não apareceu no minuto seguinte porque Douglas Tanque não estava, definitivamente, com a pontaria afinada e atirou por cima, com tudo para marcar, perante o desnorte da defesa do Benfica.

Benfica reage perto do intervalo, até marca, mas não vale

Os pupilos de Jorge Jesus tardaram a reagir, mas nos últimos minutos do primeiro tempo começaram a encostar o Paços à sua área. Aos 42 minutos,Darwin não conseguiu dominar, a bola sobrou para Rafa rematar, que atirou fortíssimo, mas à figura do guarda-redes do FC Paços de Ferreira, que defendeu para a frente.

No minuto seguinte Rafa até colocou mesmo a bola no fundo das redes, num lance de insistência, em que ganhou vários ressaltos, mas o último dos quais levou a bola a tocar-lhe na mão antes do remate para dentro da baliza. Mesmo sem intenção, o árbitro fez o que dizem as leis e apitou de imediato para invalidar o lance. Assim, o intervalo chegou mesmo com o Paços em vantagem.

Jesus mexe ao intervalo e Rafa faz mesmo o empate

Em  desvantagem no marcador e com o adversário a incomodar bastante, Jorge Jesus viu-se obrigado a mexer na equipa ao intervalo para mudar o rumo dos acontecimentos. Do banco saíram Gabriel e Seferovic, para os lugares de Weigl e Pizzi, mas os primeiros minutos do segundo tempo mostraram um Paços ainda muito confortável no jogo.

Tão confortável que se deslumbrou e, numa das várias tentativas de sair rápido para o ataque, acabou por ser apanhado em contra-pé. Depois de uma recuperação de bola, Rafa e Gilberto combinaram bem, com o brasileiro a devolver ao português e este a atirar de pronto, já dentro da grande área,  para o fundo da baliza pacense, fazendo o empate.

Benfica aperta, tenta e marca no fim

Com a igualdade alcançada, o Benfica, motivado, partiu à procura da cambalhota no marcador, remetendo finalmente o Paços de Ferreira à sua grande área, mas sem se livrar de um susto, num livre defendido de forma apertada por Vlachodimos.

Seferovic, isolado e com tudo para marcar, atirou ao lado, antes de Darwin, depois de um excelente trabalho individual, encher o pé ainda de fora da grande área pacence e fazer a bola tocar na trave antes de sair por cima. A bola, contudo, teimava em não voltar a entrar e os minutos iam passando.

A ansiedade crescendo e os minutos finais até permitiram ao Paços voltar a surgir com relativo perigo junto à grande área contrária. Só que, quando já todos contavam com o empate, no terceiro minuto dos quatro de descontos dado pelo árbitro, Gabriel cruzou para o coração da área e outro homem vindo do banco, Waldschmidt, saltou para desviar para o golo e para a vitória.

O triunfo deixa o Benfica a apenas dois pontos do Sporting, líder da classificação, e coloca ponto final numa série de seis jogos sem perder do Paços no conjunto de todas as competições.