Filme do Jogo

O avançado brasileiro, que não jogava há mais de mês e meio devido a lesão, foi aposta na segunda parte e acabou por entregar o triunfo à equipa portista, marcando o golo decisivo aos 85 minutos.

Com este triunfo, os 'dragões' assumem provisoriamente a liderança do campeonato com 15 pontos, mais um do que o Benfica, segundo classificado, e dois do que o Sporting de Braga, que ocupa o terceiro posto, mas só joga no domingo em casa do Belenenses.

Já o Tondela, com este desaire, baixou ao 12.º lugar com cinco pontos.

As equipas iniciais

Apesar de ter o compromisso da Liga dos Campeões já esta quarta-feira, frente ao Galatasaray, o técnico do FC Porto, Sérgio Conceição, manteve quase o mesmo 'onze' que tem vindo a apresentar, com a exceção de Danilo, que, apesar de convocado, nem no banco se sentou.

Do outro lado, o técnico do Tondela, Pepa, não alterou qualquer peça em relação à vitória da última jornada sobre o Moreirense.

Primeira parte: FC Porto entra empenhado

Sabendo que poderia capitalizar o deslize do rival Benfica, na quinta-feira, no empate em Chaves, e assim conseguir uma vantagem pontual para o 'clássico' da próxima jornada, no estádio da Luz, o FC Porto entrou empenhado em assumir o jogo, pautando o ritmo do desafio e assumindo maior vocação ofensiva.

Um remate de Brahimi, ainda antes dos dez minutos, respondido com grande defesa do guardião tondelense, Cláudio Ramos, serviu de primeiro aviso dos locais, a um adversário que cedo deu mostras de apostar na coesão defensiva, para, depois, apostar no contra-ataque.

Com maior caudal ofensivo, os portistas multiplicavam as situações de perigo junto à baliza contrária, com Marega a ser um dos protagonistas, mas ora pela falta de pontaria, ora pelas intervenções de Cláudio Ramos, os 'dragões' não conseguiam materializar o ascendente.

O Tondela ia aguentando a pressão e tentava aproveitar algum adiantamento dos 'azuis e brancos' para explorar o contra-ataque, com rápidas investidas, que até conquistavam algum espaço, mas não se corporizaram, nesta etapa inicial, num único remate à baliza de Casillas.

Com o avançar do cronómetro e a incapacidade para concretizar, os 'dragões' caíram num futebol um pouco atabalhoado, em que o querer não tinha correspondência com a frieza nos momentos decisivos.

Disso foi prova a mais flagrante oportunidade dos locais na primeira parte, já aos 43 minutos, quando, após uma jogada trabalhada por Otávio e Marega, Aboubakar, com a baliza à mercê, chegou atrasado para o desvio.

Segunda parte: FC Porto ataca, Tondela defende

Percebendo a necessidade de imprimir mais dinâmica à sua equipa para o segundo tempo, o técnico dos 'azuis e brancos' lançou, pouco depois do reatamento, Corona, abdicando de Sérgio Oliveira, e, um pouco mais tarde, promoveu o regresso de Soares para o lugar de Aboubakar, que saiu com queixas físicas.

A toada do jogo não teve, ainda assim, grandes alterações, novamente com o FC Porto mais pressionante e o Tondela a fechar a sua defesa e tentar, depois, explorar o contra-ataque, mas sem grande sucesso e, novamente, sem remates à baliza de Casillas.

O momento do jogo coroou também a figura da partida

O 'nó' da partida só foi desatado na fase final, quando, aos 85 minutos, Brahimi rematou fraco ainda fora da área, Cláudio Ramos não segurou e deixou a bola à mercê de Soares, que, na recarga, fez o 1-0, dando a prenda de aniversário ao clube, que hoje festejou 125 anos.

Contudo, não podemos fechar este dia de aniversário sem dar um presente merecido a Alex Telles. O defesa brasileiro voltou a ser o roldana de engrenagem portista.