A leitura da sentença do processo movido pelo FC Porto ao antigo vogal do Conselho de Justiça (CJ) da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) João Carrajola de Abreu foi hoje adiada sem data.
De acordo com fonte próxima do processo, a juíza encarregue propôs uma primeira data, que, contudo, não era viável para as partes, ficando-se agora à espera de nova marcação da leitura da sentença.
O FC Porto moveu um processo a João Abreu, na sequência de uma entrevista ao jornal A Bola, em que referiu que «Gonçalves Pereira (então presidente do CJ da FPF) estava a agir não apenas por ele», quando tentou afastá-lo da votação sobre os recursos do Boavista e do presidente do FC Porto das decisões do Apito Final «por suspeição nos processos, alegando incompatibilidade de funções».
«Foi estratégia combinada com o Boavista e o FC Porto com o propósito de alterar o sentido de voto dos acórdãos sobre os recursos das decisões da Comissão Disciplinar (CD) da Liga em declarar a despromoção do Boavista e punir Pinto da Costa por tentativa de corrupção», disse, então.
O Ministério Público pediu a absolvição de João Carrajola de Abreu por entender que «não foram provados elementos típicos do crime” e por ter “indícios fortes de que o arguido agiu convicto da veracidade das declarações», o que se enquadra no «exercício legítimo da liberdade de expressão».
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