Os órgãos dirigentes do futebol inglês sabiam dos riscos de concussões e lesões cerebrais a que os jogadores estavam expostos, mas não tomaram medidas, defenderam hoje os seus advogados perante o Supremo Tribunal de Londres.

Os representantes de vários jogadores apresentaram em tribunal documentos que alegadamente suportam que a Federação Inglesa de Futebol (FA) estava consciente dos riscos provocados por ferimentos na cabeça, mas "não tomou cuidado", nem medidas para os reduzir ao mínimo possível.

Dez ex-jogadores profissionais de futebol e as famílias de outros sete, que, entretanto, morreram, estão a processar a FA, a FA do País de Gales, a Liga inglesa (EFL) e o Conselho Internacional de Futebol (IFAB), entidade responsável pelas leis do jogo.

Entre eles, está a família do inglês Nobby Stiles, vencedor do Mundial de 1966, que morreu em 2020 após sofrer de demência. Stiles tinha sido diagnosticado com encefalopatia traumática crónica, uma condição que se acredita estar ligada a repetidos golpes na cabeça.