José Mourinho assumiu, no podcast do seu antigo jogador John Obi Mikel, não estar arrependido da passagem pelo Manchester United, entre 2016 e 2018, considerando que deu "o máximo" pelo clube de Old Trafford.

"Não tenho arrependimentos porque dei tudo e fiz o máximo que podia. Amo o clube e os adeptos. É preciso respeitar a história do Manchester United. Dei tudo o que podia. O 2.º lugar que conseguimos [em 2017/18] ainda é o melhor depois da geração de Alex Ferguson, a Liga Europa [em 2016/2017] ainda é a maior conquista da última década... Dei o meu melhor. Não está na minha natureza voltar atrás e falar de certas coisas. Gosto de falar das coisas boas, mas de outra forma não me sinto confortável. Agora já não significa muito", começou por dizer.

"Naquele clube ainda há pessoas - não só jogadores - que, já na minha altura, eu dizia 'com estas pessoas, nunca vão conseguir ir a lado algum'. E ainda lá estão. Ainda têm um CEO [Richard Arnold] que é uma pessoa incrível, gostaria de ter estado com ele na minha altura. O clube não era fácil naquela época", acrescentou.

Ao leme da Roma desde 2021, José Mourinho falou também da relação com os adeptos do Manchester United, recordando um momento que o marca até hoje.

"Uma vez, fui a Old Trafford, estava nas bancadas e o estádio virou-se todo para mim. Começaram a aplaudir-me e a cantar para mim. Se isso acontecesse no estádio do Inter de Milão, do Real Madrid ou do FC Porto, as pessoas diriam 'okay, é por tudo o que conquistaram'. Porém, quando olhas para um clube com a história do Manchester United e os adeptos fazem isso a um treinador que só ganhou uma Liga Europa, uma Taça da Liga e ficou no segundo lugar do campeonato, chegas à conclusão de que eles sabem que dei tudo. Não tenho arrependimentos", concluiu.