Os encontros Valência-Atalanta (da Liga dos Campeões, marcado para 10 de março), Sevilha-Roma (da Liga Europa, agendado para 12 de março) e Getafe-Inter (também da Europa League, agengado para 19 de março) deverão ser jogados à porta fechada, por recomendação do Minstério da Saúde Espanhol, de forma a evitar o contágio e propagação do coronavírus. A informação foi confirmada pelo ministro espanhol da saúde, consumo e bem-estar social, Salvador Illa.

"Trata-se de uma medida consistente com o que as autoridades competentes dos países que possuem áreas de risco têm vindo a determina", frisou o ministro.

Na primeira mão do embate entre Atalanta e Valência, a contar para a primeira mão dos oitavos de final da Liga dos Campeões, que a turma italiana venceu por 4-1, dois espanhóis que viajaram até Itália para assistir ao encontro - um deles um jornalista - viram-se contaminados pelo Covid-19, encontrando-se neste momento em quarentena em Espanha.

Os outros dois encontros entre equipas em que equipas italianas vão defrontar equipas espanholas dizem respeito aos oitavos de final da Liga Europa.

Espanha junta-se, assim, ao lote de países que toma este tipo de medidas para conter a propagação do coronavírus. Em Itália foram já vários os encontros da Serie A adiados, enquanto algumas partidas da UEFA Youth League foram também adiadas. Já em França, foram proibidos desde o último sábado concentrações de mais de cinco mil pessoas em espaços fechados.

O surto de Covid-19, que pode causar infeções respiratórias como pneumonia, provocou mais de 3.100 mortos e infetou mais de 90.300 pessoas em cerca de 70 países e territórios, incluindo quatro em Portugal.

Das pessoas infetadas, cerca de 48 mil recuperaram, segundo as autoridades de saúde de vários países.

Além de 2.943 mortos na China, onde o surto foi detetado em dezembro, há registo de vítimas mortais no Irão, Itália, Coreia do Sul, Japão, França, Hong Kong, Taiwan, Austrália, Tailândia, Estados Unidos da América, San Marino e Filipinas.

A OMS declarou a epidemia de Covid-19 como uma emergência de saúde pública internacional e o risco de contágio "muito elevado".