Fácil e tranquila. Foi assim a noite do Benfica frente ao Spartak Moscovo, na 2.ª mão da 3.ª pré-eliminatória da Liga dos Campeões 2021/22, num jogo que marcou o regresso do público ao Estádio da Luz.

Com a eliminatória praticamente decidida depois do triunfo na 1.ª mão, na Rússia, por 2-0, então com golos de Rafa e Gilberto, o Benfica acabou por repetir o resultado, novamente com dois golos na segunda parte. Desta feita foi João Mário (que voltou a exibir-se a um excelente nível, como já havia feito em Moscovo), a abrir o ativo, antes de outro dos reforços 'encarnados' para a nova época (o ucraniano Roman Yaremchuk) saltar do banco para ter um papel decisivo no segundo golo, ao cair do pano, novamente com o antigo jogador do Sporting no lance.

Foi a terceira vitória do Benfica em três jogos oficiais esta época. Às duas sobre o Spartak junta-se a do fim-de-semana sobre o Moreirense. Mais importante, valeu a passagem ao 'play-off' da Liga dos Campeões, rumo ao primeiro grande objetivo da temporada, que é a presença na fase de grupos da prova.

Um 'play-off' onde o Benfica encontrará o PSV, vice-campeão holandês, equipa que leva 15 golos marcados e dois sofridos nos cinco jogos oficiais que disputou já esta época e que, certamente, dará maior réplica do que a dada por um Spartak que, na Luz e a precisar de inverter a derrota da 1.ª mão, pouco conseguiu fazer.

O jogo: Benfica nem precisou de acelerar muito para repetir resultado de Moscovo

Jorge Jesus voltou a dar a titularidade a Julian Weigl, João Mário e Rafa no meio-campo, depois de os ter poupado na visita ao Moreirense, mas manteve Gonçalo Ramos na frente de ataque, e o Benfica cedo assumiu o controlo do jogo, mesmo sem forçar muito.

Sempre que as 'águias' aceleravam, sobretudo por Diogo Gonçalves e Rafa, o Spartak passava por dificuldades. Os lances de real perigo, porém, escassearam numa primeira parte em que o Benfica teve 70% de posse de bola, mas em que não fez nenhum remate na direção do alvo. O único remate na direção de uma das balizas no primeiro tempo pertenceu aos moscovitas, em cima do minuto 45. Vlachodimos, uma vez mais titular, defendeu sem problemas.

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A segunda parte seguiu na mesma toada até que o primeiro golo surgiu, perto da hora de jogo. João Mário, como sempre um dos mais esclarecidos em campo, aproveitou uma bola que lhe sobrou para o pé direito para se estrear a marcar pelo seu novo clube, colocando o Benfica em vantagem no jogo.

O Spartak, que pouco tinha feito, atirou em definitivo a toalha ao chão e houve tempo para, já nos descontos, o Benfica chegar ao 2-0. Uma vez mais com João Mário na jogada, a bola sobrou para o recém-entrado reforço Roman Yaremchuk, que rematou e, num lance às três tabelas, a bola acabou mesmo no fundo das redes. 2-0 no jogo, 4-0 na eliminatória. Segue-se o PSV.

O momento: João Mário acaba com as dúvidas

Minuto 57. O Benfica controlava as operações e a eliminatória, mas as ocasiões de golo escasseavam. Até que João Mário, com o seu primeiro golo de águia ao peito, dissipou quaisquer dívidas que pudessem subsistir. Diogo Gonçalves cruzou da direita, Rafa rematou, Dzhikiya interceptou o disparo, a bola sobrou para João Mário que, à segunda, atirou a contar.

Os melhores: A classe do costume de João Mário e as 'motas' Rafa e Diogo Gonçalves

João Mário ainda só fez dois jogos pelo Benfica e já convenceu os adeptos. Pelo menos daqueles que não seguiam os seus jogos no rival do outro lado da segunda circular, porque os outros não precisavam, certamente, de ser convencidos. O médio tinha sido uma das figuras da equipa em Moscovo, então com uma assistência, e esta noite, para além da qualidade do costume no capítulo do passe, fez mesmo o gosto ao pé, para além de também ter estado no segundo golo. Definitivamente, um reforço para o Benfica no verdadeiro sentido da palavra.

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Numa exibição q.b. das 'águias', que jogaram o que foi preciso ante um adversário que quase nada incomodou, merecem também destaque as arrancadas de Diogo Gonçalves pela direita, sempre muito ativo pelo seu flanco nas iniciativas atacantes da turma de Jorge Jesus, e a velocidade de Rafa, que foi sempre quem, ao seu estilo, mais velocidade procurou, sempre, impor no jogo, tendo sido determinante no lance do primeiro golo da partida.

As reações

Jorge Jesus: "O primeiro objetivo foi cumprido"

Yaremchuk: "Estou feliz, mas ainda estou a começar"

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Rui Vitória: "O Benfica foi mais forte"

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