A seleção portuguesa de futebol segurou esta quarta-feira a liderança do Grupo 3 da Liga A da Liga das Nações, ao bater em Alvalade a Suécia por 3-0, na noite de Diogo Jota, o substituto de Cristiano Ronaldo.

Na classificação do agrupamento, e após quatro jogos, Portugal manteve-se no primeiro posto, com os mesmos 10 pontos da França, vencedora na Croácia por 2-1, com tentos de Antoine Griezmann e Kylian Mbappé. Os croatas somam três pontos e os suecos zero.

As equipas

Sem Cristiano Ronaldo, que testou positivo à COVID-19, Fernando Santos foi obrigado a mexer no ataque e apostou em Diogo Jota para fazer dupla com João Félix, que se manteve no ‘onze’ inicial.

Além da inclusão do avançado do Liverpool, o selecionador luso fez ainda regressar João Cancelo ao lado direito da defesa, para o lugar de Nelson Semedo, que foi titular domingo no empate a zero com a França, em jogo igualmente a contar a Liga das Nações.

Onze de Portugal: Rui Patrício; João Cancelo, Pepe, Rúben Dias, Guerreiro; Danilo, William Carvalho, Bruno Fernandes; Bernardo Silva, Diogo Jota, João Félix.

Onze da Suécia: Olsen; Lustig, Jansson, Lindelöf, Bengtsson; Ekdal, Kristoffer Olsson, Kulusevski, Claesson; Quaison, Berg.

O jogo: Um substituto à altura

Sem Cristiano Ronaldo, muitos eram os portugueses que receavam um desaire, ou pelo menos uma exibição menos conseguida, frente à Suécia. Mas, a verdade, é que a ausência do capitão da seleção nacional foi muito bem colmatada por Diogo Jota, avançado que brilhou no Wolverhampton e que este verão se transferiu para o Liverpool, onde já foi várias vezes elogiado por Jurgen Klopp.

O jogo começou bastante aberto, com a Suécia a conseguir criar perigo e fazer muita pressão à equipa das quinas. Os primeiros 15 minutos de jogo foram de muita emoção com grandes oportunidades para os dois lados. No entanto, sempre com um domínio dos homens da casa. Numa altura, em que o ritmo de jogo tinha abrandado, Bernardo Silva fez o primeiro golo das Quinas. Bruno Fernandes serviu Diogo Jota, mas o jovem avançado preferiu passar o testemunho ao jogador do Manchester City, que não hesitou em inaugurar o marcador.

Além do passe para o primeiro golo, Diogo Jota bisou ainda na partida. Primeiro, com um golo pouco antes do apito para o intervalo, depois de um passe milimétrico de João Cancelo. Depois, já na segunda parte, aos 72 minutos, na sequência de um passe de William Carvalho, em que Jota arrancou, deixou para trás vários adversários e acabou por finalizar na cara de Olsen.

Este foi o primeiro bis de Diogo Jota na seleção nacional, que se tornou o segundo jogador mais jovem a marcar dois golos pela equipas das Quinas: depois de... Cristiano Ronaldo, que bisou frente à Rússia em 2005 com apenas 19 anos, e mais tarde, em 2007, frente à Bélgica, com 22 anos.

Esta quarta-feira, os 5 mil euros espectadores no Estádio de Alvalade assistiram assim a exibição de gala do jovem avançado de 23 anos, que assistiu, marcou e ainda assustou os suecos das várias vezes que se aproximou da baliza adversária. A excelente prestação de Diogo Jota juntou-se assim a uma exibição bastante completa dos homens de Fernando Santos que apresentaram um bloco defensivo compacto e uma ofensiva eficaz.

O momento

O ponto alto do encontro no Estádio de Alvalade foi o terceiro golo da seleção nacional e, por sinal, um belo jogo de Diogo Jota.

O melhor

Como já foi dito em cima, Diogo Jota foi, sem dúvida, o melhor jogador em campo na noite desta quarta-feira. À exibição do avançado do Liverpool juntaram-se ainda as boas prestações de William Carvalho - que surgiu como 8 com Danilo nas costas - e as grandes defesas de Rui Patrício - que evitou, por várias vezes, o golo dos suecos.

O pior

Nenhum dos jogadores em campo esta quarta-feira carimbou uma má exibição. Mas, na necessidade de escolher um jogador com menos 'brilho', Raphael Guerreiro foi o homem de Fernando Santos que mais passou 'entre os pingos da chuva'.

As reações

Fernando Santos: "Tenho muitas dúvidas de que houve contágio dentro da seleção"

Diogo Jota: "Acho que é o momento mais alto da minha carreira"

Bruno Fernandes: "Sem Ronaldo não muda nada. Aqui o objetivo é sempre ganhar"

William: "Conseguimos fazer um grande jogo sem o Ronaldo"

Jan Andersson: "Foi um jogo perfeito para Portugal"