Hoje no acampamento somos 600 pessoas distribuídos entre 68 veículos, 51 motos e 18 camiões de corrida, mais todas as equipas de assistência e os funcionários da organização deste rali.

Gert Duson é o Diretor Geral e organizador deste Morocco Desert Challenge. É um profissional empenhado, disponível e preocupado com o sucesso da sua prova. Já Hans Bekx, o responsável pela vertente desportiva dos camiões, é um holandês experiente, que dá logo a entender que o regulamento vai ser para cumprir, por todos.

Também a segurança é algo sério nestas paragens e um grupo de médicos está presente para as emergências que sempre ocorrem. Eles deslocam-se de helicóptero e de 4x4, para além de terem uma base no acampamento.

A comida é de estilo Holandês que digamos não tem a subtileza da cozinha portuguesa. As equipas de assistência param nos restaurantes locais ou num descampado fazendo um improvisado piquenique com a comida que trazem consigo. Para os concorrentes há uma sanduíche à sua espera a meio do percurso. A organização para o relógio durante 20 minutos para que os pilotos e seus acompanhantes possam recuperar as energias com um pequeno lanche que lhe permite reunir forçar para mais uns quilómetros de todo-o-terreno.

O parque de hoje não é propriamente grande. Mas é organizado havendo riscos de separação para cada equipa saber o espaço que tem.

O primeiro dia chega ao fim com um calor abafador e umas nuvens altas que não nos deixam ver o céu. E finalmente eis que chegamos ao acampamento já quase ao pôr do sol.

Foi um dia cansativo em que tivemos que enfrentar imensas dificuldades. Os caminhos eram irregulares e cheios de pedra o que me obrigou a fazer uma grande ginástica de braços. A navegação foi muto complexa e o cansaço, também devido ao calor extremo que se fez sentir, começava a fazer das suas. Felizmente o Zé Marques, o nosso navegador, manteve a concentração do princípio ao fim e conseguimos seguir sempre certinhos no caminho certo…