Noite europeia em Alvalade, com o Sporting a receber o primeiro classificado da Premier League.

Felizes os 36 mil adeptos que se deslocaram ao estádio, pois estiveram imunes ao relato da transmissão que a SIC nos deu.

Não compreendo como é que milhares de pessoas gastam o seu dinheiro, as suas poupanças, para assistirem a espetáculos de comédia em Portugal, quando os jogos de futebol na SIC são em sinal aberto. O Nuno Luz, por exemplo põe, à vontade, o Fernando Rocha num bolso e nem necessita de utilizar o calão do 'bombado' de Rio Tinto.

Não terá sido por acaso, que o Nuno Luz tentou 'acertar o passo' ao Diogo Faro. No ramo da comédia há pouco palco e é preciso eliminar a concorrência. Ontem durante o jogo fomos brindados pelos comentadores com uma frase que me ficará para sempre na memória:

"Os golos agora não contam".

Porra, ando eu há quase 38 anos a ver futebol e só agora é que me avisam?

Os comentadores da SIC já vivem 100 anos à frente do nosso tempo. Imaginem o futebol sem os golos contarem, que bonito seria.

Acabavam-se os golos, tanto fazia, se uma equipa marcava 10 ou sofria 15 e o que seria analisado no final seria a performance global das equipas. Ao fim dos 90 minutos, os jogadores juntavam-se todos no centro do relvado e um júri, escolhido pela entidade responsável pela organização do jogo votaria de 1 a 10 nos atletas. No final, a equipa com melhor pontuação ganharia.

Os adeptos, aplaudiriam a performance ao longo dos 90 minutos e no fim ainda poderiam votar através de uma App. Seria um misto de futebol, ginástica artística e Festival da Canção. Seria o Futnástica.

Voltando à nossa triste realidade de 2023, onde os golos afinal até contam, o jogo em si, foi muito bem disputado. O Arsenal marcou primeiro, o Sporting deu a volta ao marcador, para depois o Arsenal empatar o jogo. Resultado esse que se manteve até ao final, obrigando o Sporting para o bem e para o mal, a ir resolver a eliminatória a Londres.

Destaco, no primeiro golo dos 'Gunners', o abraço carinhoso que Zinchenko deu a Matheus Reis. Como é bonito ver a amizade e carinho entre atletas ao mais alto nível. O Matheus Reis não lhe devia era ter agradecido em russo, gerou-se ali um 'sururu' desnecessário. Matheus Reis tem esta particularidade, não recebe bem carinho.

Já no Estádio do Dragão o 'mimaram' com tanto carinho e apreço e ele reagiu sempre de forma rude. Não seria mal pensado um acompanhamento psicológico para o jogador leonino, há ali coisas no seu perfil que carecem de terapia.

Rúben Amorim tem agora uma semana para preparar a equipa para o jogo que poderá salvar a época. É que se for eliminado, mesmo estando perto da Páscoa, não há competição que o técnico leonino possa ressuscitar.