Max Verstappen poderá trocar a Red Bull pela Mercedes num futuro próximo. O campeão e atual líder do Mundial de Fórmula 1 tornou-se num dos alvos da equipa alemã que na próxima época vai perder Lewis Hamilton para a Ferrari.

Em entrevista à 'Fox Sports Austrália', Toto Wolff garantiu que o tricampeão do mundo é a primeira escolha da Mercedes para substituir o inglês que vai reforçar a equipa italiana.

"É um tipo de relacionamento que precisa de acontecer num determinado momento, mas não sabemos quando. Todos vemos o nível de desempenho dele, mas não quero descartar outros pilotos também. Acho que temos de olhar para nós mesmos e questionar o que é que podemos fazer com este carro. Depois torna-se tudo muito mais fácil, seja quem for que conduza o segundo carro e para o George [Russell] porque ele tem potencial para ser campeão do mundo e muito mais", disse o chefe de equipa da Mercedes.

O desejo de ter Verstappen não é prioridade da Mercedes, a braços com problemas de potência no seu monolugar. Toto Wolff garantiu que a prioridade da equipa é desenvolver o carro e torna-lo competitivo, para que possa lutar por vitórias em pista e pelo título de construtores.

"Temos uma vaga livre, a única nas equipas de topo - a menos que Max decida ir embora. Então a vaga não estará mais livre para nós. Aconteça o que acontecer, não vai acontecer nas próximas semanas ou meses, então quero continuar a monitorizar o mercado. Claro que a prioridade neste momento é ter um carro capaz de lutar por títulos, em vez de encontrar uma solução milagrosa com um piloto incrível", garantiu.

O namoro entre a Mercedes e Max Verstappen é antigo. A escuderia alemã poderia ter contratado o prodígio neerlandês em 2014 quando este dava cartas na Fórmula 3 Europeia. Como a Mercedes não garantia uma vaga a Verstappen no Mundial de Fórmula 1, o Jos Verstappen, pai de Max, preferiu leva-lo à Red Bull, onde começou na Toro Rosso.

"Tinha-o visto na Fórmula 3, ele era muito bom. Tenho uma boa relação com o pai dele, por isso sentámo-nos na minha casa em Viena e dissemos: 'O que podemos fazer?'. Não pude dar-lhe um lugar na Fórmula 1. Disse: 'Vamos fazer F2 juntos, com financiamento total e garanto-te um lugar no carro no próximo ano'. 'Eles disseram: 'Temos uma oferta da Red Bull para a [Toro Rosso] basicamente a partir de agora'. Foi só isso. Eu sabia que não poderíamos competir com isso. A meio da época [seguinte], ele substituiu [Daniil Kvyat] na Red Bull e ficou com o lugar", recordou Toto Wolff, na entrevista à 'Fox Sports Austrália'.

O ambiente em torno da Red Bull não é o melhor, após o escândalo em torno de Christian Horner. Jos Verstappen, pai de Max Verstappen, foi um dos que pediu a saída do chefe da equipa austríaca.