
O britânico George Russell (Mercedes) venceu hoje o Grande Prémio do Canadá, 10.ª ronda do Mundial de Fórmula 1, uma prova que dominou de fio a pavio e que terminou com todos alinhados atrás do safety car.
Numa prova marcada pelo acidente que envolveu os dois McLaren, que lutavam pela quarta posição a três voltas do fim, Russell bateu o neerlandês Max Verstappen (Red Bull), que foi segundo durante toda a prova, com o italiano Andrea Kimi Antonelli (Mercedes), de 18 anos, a conquistar o primeiro pódio da carreira.
O líder do campeonato, o australiano Oscar Piastri (McLaren), procurava defender a quarta posição do ataque do britânico e seu companheiro de equipa, Lando Norris, quando viu o carro do companheiro de equipa embater na sua traseira no final da reta da meta e dirigir-se ao muro.
O carro de Lando Norris ficou parado na pista, sem asa dianteira e com a suspensão dianteira esquerda partida.
O português Rui Marques, diretor de prova, foi forçado a mandar entrar o safety car em pista de forma a retirar o carro de Norris em segurança, com todo o pelotão a seguir pela via das boxes.
Com apenas três voltas para a bandeirada de xadrez, já não foi possível retomar a ação a tempo, pelo que a corrida acabou com o safety car em pista e com a McLaren sem nenhum carro no pódio pela primeira vez esta época.
Desta forma, George Russell conquistou a quarta vitória da carreira, primeira da temporada, conquistada “devido à incrível pole de ontem [sábado]”, explicou.
A alteração aos regulamentos que entraram em vigor nesta prova e que incidem no desenho das asas dianteira e traseira dos monolugares afetaram, sobretudo, os McLaren, que parecem ter perdido competitividade.
Por outro lado, os Mercedes colocaram dois carros no pódio pela primeira vez este ano.
George Russell acredita que a melhoria do desempenho tem a ver com a temperatura do circuito canadiano.
“Aqui é mais fresco. Já vimos isso no ano passado. A força do nosso carro é maior nestas condições mais frescas. O tempo o dirá se estamos mais fortes”, frisou.
Já Max Verstappen, considerou que o segundo lugar era mesmo o melhor a que poderia almejar nesta prova.
“Foi uma boa corrida. Nos primeiros dois turnos, lutámos com os pneus e apostámos numa estratégia mais agressiva. No último, estivemos melhor, talvez por haver menos carga de combustível. Mas, o segundo lugar era o máximo que podíamos alcançar hoje”, sustentou.
Verstappen reagiu quatro centésimos de segundo mais tarde do que George Russell na partida e, com isso, perdeu a possibilidade de lutar pelo primeiro lugar no arranque.
Melhor esteve Kimi Antonelli, que arrancou do quarto lugar, colocou-se ao lado de Oscar Piastri e consumou a ultrapassagem na terceira curva.
“Consegui manter-me ao lado dele e depois, à entrada da terceira curva, sabia que tinha a vantagem de estar por dentro da trajetória”, explicou o primeiro piloto italiano a subir ao pódio em 16 anos. O último tinha sido Jarno Trulli, com um Toyota, no GP do Japão de 2009.
Antonelli não é o mais novo a ficar entre os três primeiros (é Max Verstappen, com 18 anos e 223 dias, no GP de Espanha de 2016), mas é apenas o sexto piloto diferente desta temporada a subir ao pódio, depois de Russell, Verstappen, Norris, Piastri e Leclerc.
O monegasco Charles Leclerc (Ferrari) foi o quinto classificado, depois de uma desavença com a equipa quanto à melhor altura para parar a trocar de pneus, seguido do britânico Lewis Hamilton (Ferrari) e do espanhol Fernando Alonso (Aston Martin), que conseguiu a melhor pontuação da temporada.
Com estes resultados, Oscar Piastri mantém o comando do campeonato, com 198 pontos, mais 22 do que Lando Norris, que tem 176 e é segundo. Max Verstappen recuperou seis pontos ao líder e está no terceiro lugar, com 155.
A próxima ronda será o GP da Áustria, de 27 a 29 de junho.
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