O Benfica quer a desforra na Supertaça masculina de voleibol perante uma Fonte do Bastardo em reconstrução, que pode ser “uma caixinha de surpresas”, disseram jogadores e treinadores das equipas, na antevisão ao duelo desta quinta-feira.

Palco da competição pelo terceiro ano consecutivo, o Pavilhão Municipal de Santo Tirso acolhe a reedição do embate de 2022, no qual os açorianos derrotaram os lisboetas por 3-1, desfecho que o capitão das ‘águias’, Hugo Gaspar, quer inverter.

“Estamos cá para levar o título. Este é sem dúvida o título mais importante da época, porque é o primeiro que vamos disputar. Queremos muito a desforra. Se estamos nas finais, é porque as merecemos. O objetivo de quem joga neste grande clube é sempre vencer”, disse o oposto de 41 anos, na conferência de imprensa relativa à Supertaça masculina e à Supertaça feminina, ambas marcadas para quinta-feira.

À partida para a 14.ª temporada no Benfica, Hugo Gaspar disse ainda que os ‘encarnados’ são “sempre um alvo a abater em qualquer modalidade” e que qualquer um dos seus jogadores “vive pressionado para vencer”, a começar pelo duelo de quinta-feira, perante uma equipa que considera “uma caixinha de surpresas”.

“Sabemos que a Fonte do Bastardo é uma caixinha de surpresas. Temos de lhes colocar alguma pressão. É um clube que investe e que garante a sobrevivência do voleibol de alta competição em Portugal. Será um grande jogo. Estamos preparados”, disse o atleta da equipa que é campeã nacional e detentora da Taça de Portugal.

Ao leme da formação da ilha Terceira pelo segundo ano consecutivo, Nuno Abrantes reconheceu que o desempenho dos seus pupilos pode ser “uma caixinha de surpresas”, até porque há oito reforços entre os 14 elementos do plantel.

“Tivemos de reconstruir o plantel em pouco tempo. Vai ser um pouco caixinha de surpresas o que podemos dar. Sabemos dos nossos condicionalismos, mas vamos lutar para ganhar. Acreditamos que é possível”, prometeu na conferência de imprensa.

O técnico de 42 anos disse ainda que “preferia estar no lugar” do Benfica, com um grupo que, na maioria, transita da época passada, mas lembrou que a Supertaça “é um jogo único, em que tudo pode acontecer” numa fase da época em que a falta de rotinas de jogo pode dar “mais imprevisibilidade ao resultado”.

Ao lado, o treinador das ‘águias’, Marcel Matz, vincou que a sua equipa tem a vantagem de se conhecer dos anos anteriores e que a Fonte do Bastardo possui mais dados sobre o adversário do que o Benfica, clube preparado para “reconquistar a Supertaça”, troféu que arrecadou em 2021, frente ao Sporting (3-2).

“Sinto a equipa bem preparada, com muita vontade de jogar bem. Espero um grande jogo. Boa sorte para a [Fonte do] Bastardo. É um adversário competitivo. Vai fazer de tudo para levar o troféu, mas nós também vamos fazer de tudo para reconquistar a Supertaça”, disse o treinador de 43 anos, prestes a iniciar a sexta época nos ‘encarnados’.

Já o capitão dos homens de Praia da Vitória, Caíque Silva, reconheceu as limitações do finalista vencido da mais recente edição da Taça de Portugal, mas também a vontade de alcançar uma surpresa e de jogar diante de um pavilhão cheio.

O Benfica, recordista de vitórias na Supertaça, com 10, e a Fonte do Bastardo, vencedor da competição por uma vez, na edição anterior, encontram-se a partir das 17:30 de quinta-feira, no Pavilhão Municipal de Santo Tirso.