O tenista suíço Roger Federer vai lutar pelo nono título em Wimbledon, terceiro ‘major’ da temporada, e terá como principais adversários o campeão em título, Novak Djokovic, que só poderá encontrar na final, e o espanhol Rafael Nadal.

Em contagem decrescente para o arranque do Grand Slam inglês, que vai decorrer entre 01 e 14 de julho, o número três mundial, Federer, e o líder do ‘ranking’ ATP, Djokovic, são apontados como os principais favoritos, em virtude do historial de ambos no All England Club.

Já lá vão 20 anos desde a estreia do tenista helvético na ‘catedral’ da relva, quando então, em 1999, foi eliminado pelo checo Jiri Novak na primeira ronda. Desde essa altura, disputou 11 finais e só conheceu o sabor da derrota em três ocasiões, precisamente diante Djokovic, em 2014 e 2015, e de Nadal, em 2008.

Este ano, após o 10.º triunfo no ATP 500 de Halle, Roger Federer chega a Wimbledon com 37 anos, 102 troféus conquistados, 19 dos quais em relva, e aspirações de ganhar pela nona vez, o que lhe permitiria alcançar o 21.º ‘major’ da carreira.

Além dos dados estatísticos favoráveis, o suíço beneficia ainda do estatuto de segundo cabeça de série, na sequência de uma fórmula exclusivamente aplicada por Wimbledon e à margem da hierarquia ATP, ao contrário dos restantes torneios do circuito, e por isso só poderá encontrar Djokovic na final, numa reedição do sucedido em 2014 e 2015.

"O Roger é o melhor de todos os tempos na relva e ganhou mais títulos em Wimbledon do que qualquer outro, por isso, se alguém merece é ele. Mas, ao mesmo tempo, é para ficar no lugar do Nadal. Por esse motivo, é um tanto surpreendente", confessou Novak Djokovic recentemente.

O líder do ‘ranking’ vai defender o título em Wimbledon, onde brilhou igualmente em 2011, 2014 e 2015. E, apesar de uma estreia teoricamente mais complicada frente ao alemão Philip Kohlschreiber, Djokovic conta com a vantagem de ter vencido dois torneios ATP esta época, o Open da Austrália e o Masters 1000 de Madrid, e a experiência de 15 títulos do Grand Slam.

À semelhança da última edição de Roland Garros, Roger Federer, que vai jogar na ronda inaugural frente ao sul-africano Lloyd Harris (87.º ATP), só poderá defrontar o número dois mundial e terceiro pré-designado, Rafael Nadal, nas meias-finais no All England Club.

O maiorquino, embora não tenha apreciado o sistema adotado por Wimbledon na atribuição dos cabeças de série, "por ser o único a ter tal fórmula", defende que, "sendo segundo ou terceiro pré-designado", vai "ter de jogar ao melhor nível" para aspirar aquilo que deseja na relva londrina, onde ganhou dois dos seus 18 torneios do Grand Slam, em 2008 e 2010.

Depois de afastado por Djokovic há um ano nas meias-finais, Rafael Nadal, de 33 anos, vai iniciar a sua participação diante o japonês Yuichi Sugita, antes de poder ‘colidir’ na segunda jornada com o australiano Nick Kyrgios, responsável pela sua eliminação na quarta ronda, em 2014.

Na competição feminina, a australiana Ashleigh Barty, número um do mundo, a campeã Angelique Kerber (5.ª) e a norte-americana Serena Williams (11.ª), que venceu por sete vezes em Wimbledon, são algumas das favoritas e ficaram colocadas na mesma metade do quadro, pelo que se antevê uma competição renhida no All England Club.

Enquanto a mais nova das irmãs Williams vai iniciar a sua campanha pela conquista do 24.º ‘major’ da carreira ante a ‘qualifier’ italiana Giulia Gato-Monticone, e tem como possíveis adversárias Krystina Pliskova e Julia Goerges, antes de poder defrontar na quarta ronda a alemã Angelique Kerger, Barty vai tentar assegurar a qualificação para a segunda semana do Grand Slam britânico pela primeira vez.

Depois de vencer Roland Garros e ascender ao primeiro lugar da hierarquia WTA, a australiana ganhou os seus últimos 12 encontros e, em Wimbledon, poderá ter o seu primeiro grande desafio, na terceira ronda, diante a espanhola e antiga campeã de Wimbledon, Garbiñe Muguruza.