O tenista colombiano Robert Farah, campeão de pares de Wimbledon e do Open dos Estados Unidos (EUA), em 2019, foi apanhado com 'doping' e não pode participar no Open da Austrália, revelou hoje em comunicado o atleta.

"Neste momento, encontro-me em Los Angeles [EUA], e não poderei disputar o Open da Austrália, evento para o qual me estava a preparar desde dezembro. Há umas horas, a Federação Internacional de Ténis comunicou-me que foi detetada a presença de boldenona numa prova", revelou Farah.

A análise 'antidoping' em causa, que deu positivo para a boldenona, um esteroide anabolizante, remonta a 17 de outubro do ano passado, e foi realizada durante um torneio disputado na cidade colombiana de Cali.

O tenista, de 33 anos, referiu em comunicado que, duas semanas antes desse teste, foi sujeito a outra análise em Xangai, na China, que teve um resultado negativo.

"Além disso, fui analisado em, pelo menos, outras 15 ocasiões de maneira aleatória no circuito internacional ao longo do ano com o mesmo resultado negativo", realçou.

Farah, que ocupa atualmente o primeiro lugar de pares do 'ranking' ATP, em conjunto com o seu compatriota Juan Sebastián Cabal, disse que está convencido que o resultado positivo foi provocado por ter comido carne de vaca que conteria a substância proibida.

Em novembro de 2018, o presidente do Comité Olímpico Colombiano (COC), Baltazar Medina, enviou uma carta aos desportistas do país advertindo-os sobre a presença de boldenona na carne de vaca, sublinhando que, em caso de ser detetada nos testes ‘antidoping’, a sanção estabelece uma suspensão de quatro anos.

"Com a minha equipa e um grupo de assessores estamos a preparar os passos a seguir num processo que pretendemos que demonstre que nunca utilizei nenhum produto que atente contra o jogo limpo e a ética que caracteriza o desporto e, em especial, o ténis, atividade que amo e à qual devo os meus momentos mais felizes", frisou Farah, garantindo ainda que está "tranquilo e confiante" com o desfecho deste processo.