Roger Federer vai disputar a final masculina do torneio de Wimbledon pela 12.ª vez, ao derrotar Rafa Nadal por três sets a um, num dos grandes jogos deste torneio. O suíço de 37 anos venceu o primeiro set por 7-6, com 7-3 no 'tie-break, mas viu o adversário dominar o set seguinte, vencendo por 6-1. Nos outros sets, o helvético levou a melhor, vencendo por 6-3 e 6-4, num jogo que demorou  três horas e dois minutos. Na final, Federer vai medir forças com o sérvio Novak Djokovic para tentar vencer o terceiro 'Grand Slam' do ano.

Num dos terrenos onde Roger Federer é 'rei e senhor', Rafael Nadal tinha a missão que mostrar que também sabe ganhar na relva, mesmo contra o melhor tenista neste tipo de pisos. Depois de vencer na relva londrina, em 2008 e 2010, Nadal, terceiro cabeça de série, tinha assim marcado a edição 40 deste duelo de titãs que se tornaram os jogos entre ele Federer.

O número 2 do Mundo teve um autêntico passeio até estas meias-finais, sendo que apenas australiano Nick Kyrgios logrou ganhar-lhe um set. De resto venceu o japonês Sugita (6-1, 6-3 e 6-1), o francês Jo-Wilfried Tsonga (6-2,6-3 e 6-2), o português João Sousa (6-2, 6-2 e 6-2) e o norte-americano Sam Querrey (7-5, 62 e 6-2).

A caminhada de Roger Federer também foi feita sem muitos sobressaltos, ao deixar para trás o sul-africano Lloyd Harris (3-6, 6-1-, 6-2, 6-2), o inglês Jay Clarke (6-1, 7-6 e 6-2), o francês Lucas Pouille (7-5, 6-2 e 7-6), o italiano Matteo Berrettini (6-1, 6-2 e 6-2) e o japonês Kei Nishikori
(4-6, 6-1, 6-4, 6-4).

Neste duelo na relva britânica, podia-se falar de alguma vantagem do suíço, que venceu em Wimbledon em oito ocasiões. Mas nos 39 anteriores duelos entre ambos, a vantagem estava do lado do maiorquino, que bateu o veterano jogador em 24 ocasiões, contra 15 vitórias de Federer. Mas o helvético levava vantagem na relva londrina (2-1, em três finais).

O primeiro set mostrou porque estávamos perante dois dos melhores jogadores da história da modalidade. Ninguém perdeu o seu jogo de serviço e teve de ser no 'tie break' que Federer teve de levar a melhor, mesmo depois de quebrar um 'mini break' do espanhol. 7-6 no set, com 7-3 no 'tie break'.

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No segundo set, Roger Federer veio transfigurado. O tenista de 37 anos cometeu muitos erros, nunca se encontrou no corte central e permitiu que o espanhol lhe quebrasse o serviço várias vezes. O 6-1 final no set espelhava a superioridade de Nadal, que parecia bem encaminhado para vencer.

Mas o tenista helvético respondeu à campeão no terceiro set, impondo o seu jogo e limitando muito o espanhol, derrotando-o por 6-3.

No set seguinte, nova vitória do helvético, agora por 6-4, depois de vários match points para fechar a partida. O espanhol defendeu-se como pode, foi adiando várias vezes o fecho do encontro, salvando vários 'match points' mas a vitória acabou por cair para Federer.

Perante um Nadal que lutou até final e chegou a ter um ponto para fazer o 5-5, o helvético precisou de cinco ‘match points’ e de se aplicar até ao derradeiro suspiro.

“O primeiro ‘set’ foi muito importante, mas ele reagiu bem no segundo. Estou feliz pela vitória, mas exausto, porque o Rafa conseguiu pancadas incríveis para se manter no encontro. As batalhas com ele são sempre especiais”, disse Federer, que somou 51 ‘winners’, contra 32 do espanhol.

Depois de bater o espanhol, segue-se Djokovic: “É o detentor do título e nestas duas semanas mostrou o porquê. Espero batê-lo, mas sei que é muito difícil. Não é por acaso que é o número um”.

Federer, que persegue, aos 37 anos, o seu nono título na relva britânica, depois dos triunfos em 2003, 2004, 2005, 2006, 2007, 2009, 2012 e 2017, bateu Nadal, pela 16.ª vez, em 40 jogos entre ambos.

Na final, o helvético, que soma 20 títulos do ‘Grand Slam’, em 30 finais, vai enfrentar o sérvio Novak Djokovic, líder do ‘ranking’ mundial, detentor do título e vencedor de 15 'majors', que na primeira meia-final superou o espanhol Roberto Bautista-Agut por 6-2, 4-6, 6-3 e 6-2.

O suíço e o sérvio defrontam-se pela 48.ª vez, num ‘duelo’ favorável ao sérvio, em termos absolutos, com 25 triunfos contra 22, e em Wimbledon, onde ganhou a Federer nas finais de 2014 e 2015 e perdeu nas ‘meias’ de 2012.