Carlos Alcaraz, refutou esta quarta-feira a ação judicial contra o ATP Tour movida pelo sindicato de jogadores de ténis liderado por Novak Djokovic, afirmando que não apoia a medida.

O espanhol, número três do mundo, pronunciou-se antes do Miami Open, dizendo que não foi notificado sobre o processo legal da 'Professional Tennis Players Association' (PTPA) ou da declaração contundente emitida na terça-feira.

"Sinceramente, foi uma surpresa para mim, porque ninguém me disse nada sobre isso, foi apenas ontem que vi nas redes sociais," disse Alcaraz.

O processo da PTPA cita uma declaração de Alcaraz numa conferência de imprensa na qual ele criticou o calendário do circuito, mas o jogador afirmou que não tinha conhecimento dessa decisão.

"Vi que houve algumas declarações em que usaram algo que eu disse numa conferência de imprensa, algo que eu desconhecia. Não apoio essa carta, não apoio isso, porque, como disse, não sabia nada sobre isso," acrescentou.

Alcaraz disse ainda que tem opiniões díspares sobre a natureza da queixa, que é uma crítica abrangente à forma como o desporto é administrado pela ATP e pelo circuito da WTA.

"Há algumas coisas com as quais concordo, há outras com as quais não concordo, mas a principal questão aqui é que não apoio esta medida" afirmou.

A PTPA foi criada por Djokovic e pelo canadiano Vasek Pospisil em 2020. Cerca de 20 jogadores foram nomeados como parte de pelo menos uma das ações.

"As ações judiciais expõem abusos sistémicos, práticas anti-concorrenciais e um desrespeito flagrante pelo bem-estar dos jogadores que persistem há décadas. O ATP, WTA, ITF e ITIA operam como um cartel ao implementar uma série de restrições anti-concorrenciais draconianas e práticas abusivas." pode ler-se na declaração da PTPA.

O ATP e a WTA, juntamente com a Federação Internacional de Ténis e o órgão de integridade do ténis, ITIA, defenderam-se contra as acusações e rejeitaram as queixas.