Em entrevista à Lusa, a olímpica passou em revista um “evento bastante incrível” em Taghazout, Marrocos, no qual a vitória que conseguiu lhe garantiu o título europeu no Qualifying Series (QS), a um evento do final do circuito.

“Sabia que tinha a possibilidade de ser campeã europeia logo ali, mas tentei não me focar demasiado nisso. Quando fui para Marrocos, estava apenas focada em continuar a mostrar o meu surf”, comentou.

Sequeira sucede a Teresa Bonvalot, com quem partilhou a honra de ser pioneira olímpica pelo país em Tóquio2020, no ‘trono’ do circuito, um “bom exemplo da força feminina em Portugal, que está a aumentar todos os anos”, citando também a campeã do mundo júnior Francisca Veselko.

Agora, enfrentará a Challenger Series em 2023, um circuito em que já participava há dois anos, mas com ‘wild card’, por resultados menos conseguidos em solo europeu, e quer levar “a mesma mentalidade e o mesmo surf”.

“Pode nem toda a gente achar verdade, mas eu, na minha cabeça, sou a melhor do mundo. Tenho é de demonstrar isso”, atira.

Nesta nova etapa, tem “dois objetivos”, entrar no principal patamar em 2024, o circuito mundial da World Surf League, e apurar-se para os Jogos Olímpicos Paris2024, que se realizarão longe da capital francesa, no caso do surf, no Taiti.

“Estou a sentir que este ano vai ser o meu ano, estou feliz com o meu surf e o meu sítio mental. (...) Estive nos primeiros Jogos Olímpicos e foi incrível, quero voltar. Tenho grande esperança e confiança”, remata.

Desde Tóquio2020 que sente que tem enfrentado “altos e baixos”, com problemas familiares que a deixaram “um bocadinho em baixo”, recuperando agora com a resiliência que a elevou a este patamar.

“Acho que temos de ir abaixo para subir, numa colina íngreme, e chegar até ao topo. Precisamos de cair algumas vezes para subirmos a montanha”, considera.

Aos 24 anos, a algarvia foi vice-campeã dos Jogos Mundiais de Surf da ISA, em 2021, e em Tóquio2020 conseguiu um quinto lugar, e diploma olímpico.