O surfista brasileiro Gabriel Medina, bicampeão mundial (2014 e 2018) e líder do 'ranking' da Liga Mundial de Surf (WSL), pediu hoje a reavaliação da sua bateria nos oitavos de final da prova de Peniche.

"Tenho a esperança que a minha bateria seja reavaliada, pois ocorreu um erro", realçou Medina na sua conta na rede social Instagram, horas após ter disputado a quinta bateria dos oitavos de final do Meo Rip Curl Pro Portugal, na qual foi eliminado por interferência.

O campeão em título parecia ter o caminho aberto para os quartos de final, e liderava confortavelmente o 'heat' [bateria] frente ao também 'canarinho' Caio Ibelli, quando, já perto do fim do 'heat', fez uma interferência, isto é, apanhou uma onda quando era o rival que tinha a prioridade.

Como ditam as regras da Liga Mundial de Surf (WSL, na sigla inglesa), Medina ficou apenas com uma onda a contar para a pontuação total da bateria, em vez das duas habituais, e viu Caio ultrapassá-lo em cima da buzina que marca o final da bateria, com uma pontuação global de 8,50 (5,40 e 3,10), contra os 8,10 do 'número um' do circuito mundial.

"Eu e o Caio pegamos a mesma onda e cada um foi 'pra' um lado [Caio para a direita e Medina para a esquerda]. A minha onda foi mais curta e a dele foi mais longa. Tanto que enquanto eu voltava 'pro' 'outside', ele ainda estava surfando a onda dele. Quando cheguei no fundo, tinha tanta certeza que a prioridade era minha que não olhei 'pra' a placa de prioridade", relatou o surfista de Maresias, no Estado de São Paulo.

E acrescentou: "'Pra' minha surpresa, quando veio a onda seguinte, acabei indo porque estava seguro que a prioridade era minha. Acabei levando a interferência. Quando saí da água fui falar com os juízes. Olhamos as imagens abertas, de nós dois voltando remando para o fundo, com um ângulo da câmara aberto. Ficou bem claro que eu cheguei bem antes."

Mal terminou o seu 'heat', Medina saiu da água a correr, largou a prancha na areia e dirigiu-se rapidamente para a área dos juízes do campeonato, fechada à comunicação social, considerando que a interferência que lhe foi atribuída tinha sido mal marcada.

"E mesmo que eu tivesse chegado junto com ele e tivesse um empate, a prioridade seria minha pela regra. Porque na onda que surfámos juntos antes, o Caio tinha a prioridade 1", realçou o atleta de 25 anos.

Por isso, o bicampeão mundial, o único surfista da elite mundial em competição na Praia dos Supertubos que, antes do arranque do Meo Rip Curl Pro, se podia sagrar campeão já em Portugal, a penúltima etapa do circuito mundial, pede à WSL uma reavaliação da sua bateria.

Refira-se que, mesmo que Medina avançasse para os 'quartos' na Praia dos Supertubos, já não poderia festejar o título mundial em Portugal, uma vez que o seu compatriota Filipe Toledo, número dois do mundo, já tinha assegurado a passagem aos quartos de final, pelo que a entrega do título mundial tinha ficado automaticamente adiada para Pipeline, no Havai.

Mas, caso seja dada razão a Medina, as contas pela conquista do campeonato do mundo de 2019 mudam radicalmente.

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