Frederico Morais despediu-se do MEO Rip Curl Pro Portugal presented by Corona Cero depois de não ter conseguido a “salvação” na ronda de repescagem da 3.ª etapa do Championship Tour (CT).

Kikas entrou na prova portuguesa que faz parte do calendário do circuito de elite da Liga Mundial de surf como wildcard, a recuperar da operação no final do ano passado da qual “ganhou” oito parafusos no pé.

“Há uma semana e meia estava-me a meter em pé pela primeira vez na prancha este ano”, voltou a referir aos jornalistas após ter sido eliminado numa bateria ao lado do norte-americano Jake Marshall e do brasileiro Deivid Silva, 13.º e 20.º do ranking do CT, respetivamente.

A passagem à ronda 32 esteve em agenda até à última onda. Morais, licra número 25, somou 8,07 pontos contra os 9,73 de Jake Marshall e 12,43 de Deivid Silva.

“Sabia que ia ser um heat difícil”, destacou. “Com a maré a vazar, com este tamanho de ondas, e com os bancos que estão em Supertubos, são ondas rápidas, o que me deixou um bocado em dificuldade para o meu tempo de reação, para o meu pé, para o meu tornozelo. Mas, acho que ainda me desenrasquei bem”, suspirou Frederico Morais.

A recuperação da lesão e o uso de uma bota especial “limita muito, não só o tornozelo, mas também a cabeça, porque há certos momentos, certas sensações que uma pessoa ainda tem de se desprender, desapegar”, reconheceu o surfista português.

“Tenho uma placa com oito parafusos, três ligamentos cozidos, adorava olhar para ele (pé) e fazer a magia, mas, infelizmente, não dá”, sorriu.

Em relação à prova, Frederico Morais admitiu que, “estar aqui, ontem (ronda inaugural) e hoje (repescagem), dentro do heat até ao fim, a precisar de uma nota relativamente acessível, quer dizer que estou a fazer o trabalho certo”, atestou.

Completada a décima presença na etapa portuguesa do CT, Kikas despediu-se de Supertubos “contente” com a prestação e “pronto para voltar à recuperação”, frisou.

“Foi bom vestir a licra em Peniche, porque só me deu mais força e mais vontade de me requalificar (para o CT)”, apontou.

“Agora é ter a certeza de que recupero a 100%, meter o surf no pé e atacar os Challenger Series (circuito secundário da WSL)”, sublinhou Frederico Morais que tentará este ano regressar à elite mundial.